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Política Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite vai deixar o cargo nesta segunda-feira

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Tucano gaúcho é uma das apostas da sigla para um processo de renovação. (Foto: Reprodução/Instagram)

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), vai deixar o cargo nesta segunda-feira (28). Leite está decidido a disputar a Presidência e tem dois caminhos: se filiar ao PSD ou permanecer no partido, hipótese que era  até sexta-feira considerada a mais provável. A avaliação é de que ele prepara o “Dia do Fico” no PSDB em uma estratégia que prevê a possibilidade de um acordo com o MDB e o União Brasil para o lançamento de uma candidatura única ao Planalto.

O impasse para o acerto político ainda é o governador de São Paulo, João Doria, que em novembro venceu as prévias do PSDB – derrotando o próprio governador gaúcho –, para ser o nome do partido à sucessão do presidente Jair Bolsonaro. Aliados de Leite, no entanto, avaliam que, como Doria não cresceu nas pesquisas de intenção de voto até agora, pode sair do páreo para dar lugar ao correligionário se houver um apelo do MDB e do União Brasil em nome de uma aliança. Outra hipótese é Doria ser rejeitado na convenção do partido que terá que referendar o resultado das prévias.

A ideia do grupo é que Leite seja o candidato ao Palácio do Planalto e a senadora Simone Tebet (MDB-MS), vice na chapa. Embora Simone e Leite também tenham baixíssimos índices nas pesquisas, apoiadores do gaúcho citam o alto patamar de rejeição de Doria.

Até a semana passada, Leite estava inclinado a aceitar o convite do PSD, que é presidido pelo ex-ministro Gilberto Kassab, para concorrer à Presidência e vinha dando todos os sinais nesse sentido. O temor de isolamento no partido de Kassab, no entanto, o fez repensar a troca de legenda, segundo interlocutores ouvidos pelo Estadão/Broadcast.

“Acredito que o governador do Rio Grande do Sul tende a ficar e trabalhar para ser o candidato da unidade da terceira via, filiado ao PSDB”, disse o deputado Aécio Neves (MG). Desafeto de Doria, Aécio faz articulações políticas para lançar Leite à Presidência no lugar do paulista. Ex-presidente do PSDB, o senador Tasso Jereissati (CE) foi na mesma linha. “Eu diria que há 90% de probabilidade de Eduardo Leite ficar no PSDB”, afirmou Tasso em entrevista à CNN.

Até agora, Leite vinha dando sinais de que estava disposto a ingressar no PSD. O caminho para que ele disputasse o Planalto pela nova sigla ficou livre após o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), desistir de lançar a candidatura à Presidência.

Uma ala do PSDB, porém, rejeita o movimento para tirar Doria do jogo. Ao Estadão/Broadcast, o deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) disse que discutir agora a troca de candidato na disputa pelo Planalto é “ficar sangrando em público”. Na avaliação de Moreira, é preciso “dar uma chance” ao governador de São Paulo para que ele faça sua campanha.

Blindagem

O grupo de Doria usa o estatuto para se blindar de um eventual movimento “golpista”. “A permanência do Eduardo é bem-vinda. Mas pelo estatuto as prévias são irrevogáveis. Não tem como voltar atrás. A convenção é meramente homologatória”, disse o tesoureiro nacional do PSDB, Cesar Gontijo. Procurado, o governador paulista não se manifestou.

A lei eleitoral determina que ocupantes de cargos públicos que desejam disputar eleições se desincompatibilizem até 2 de abril. Leite deixará o cargo antes do prazo.

Em conversas com tucanos, o governador do Rio Grande do Sul tem avaliado que o PSD de Kassab é um partido muito dividido, com quadros que apoiam Bolsonaro, como o governador do Paraná, Ratinho Júnior, e outros que preferem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), caso do senador Omar Aziz (AM). O próprio Kassab já fez acenos a Lula.

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