Sexta-feira, 24 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 1 de abril de 2016
Na frente econômica para segurar a continuidade do mandato da presidenta Dilma Rousseff, o governo resolveu agir e viabilizar medidas que já tinham sido anunciadas mas não haviam saído do papel. Seguindo uma recomendação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estão sendo preparadas outras ações “positivas”, a fim de demonstrar que o governo não está paralisado, à espera do impeachment.
Nesta semana, o grande anúncio do pacote de “bondades” foi o lançamento da terceira etapa do programa Minha Casa, Minha Vida. A cerimônia acabou se transformando num ato contra o afastamento de Dilma.
Já o Ministério da Fazenda editou a medida provisória que permite o uso do FGTS como garantia para crédito consignado, iniciativa que prevê o incremento de 17 bilhões de reais nas operações com desconto em folha.
Para agradar aos governadores, o governo também liberou mais recursos para a compensação dos Estados pela Lei Kandir que desonerou o ICMS das exportações. O valor liberado foi de 1,95 bilhão de reais.
“Outras medidas estão no forno”, assegurou um interlocutor da área econômica. “O governo não vai ficar parado esperando o impeachment, como fez o presidente Fernando Collor em 1992. Tomará todas as medidas que julgar necessárias, dentro da responsabilidade fiscal.”
Ao discursar no evento do Minha Casa, Minha Vida, Dilma defendeu os gastos públicos como a vitrine de seu governo. “Temos orgulho de subsidiar, porque a conta do bolso do trabalhador brasileiro não fecha se o governo não for capaz de devolver recursos tributários para garantir isso”, argumentou. (AE)