Por Redação O Sul | 30 de outubro de 2015
No cenário econômico enviado ao Congresso Nacional, para embasar o ofício que pede a mudança da meta fiscal, com autorização para um rombo de 117,9 bilhões de reais nas contas do governo neste ano, o governo passou a estimar uma retração de 2,8% do PIB (Produto Interno Bruto) para 2015, algo já divulgado antes, e uma retração de 1% para a economia brasileira em 2016. A previsão anterior era de que o PIB avançaria 0,2% em 2016 após queda de 1,8% em 2015.
O governo tem dito que utiliza as projeções do mercado financeiro para as suas estimativas oficiais. Se a previsão se concretizar, será a primeira vez que o País registra dois anos seguidos de contração na economia – a série histórica oficial, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) começou em 1948. “Para a consecução dos resultados fiscais propostos, o cenário macroeconômico de referência pressupõe recuperação moderada da atividade econômica, partindo de uma retração de 2,8% em 2015, para uma retração mais suave em 2016 de 1%, com crescimento em 2017 de 1,1%”, informou o Ministério da Fazenda.
Para os economistas do mercado financeiro, o PIB de 2016 deverá ter uma queda de 1,43%, segundo a última pesquisa semanal do BC (Banco Central).
O cenário de inflação, por sua vez, prevê elevação temporária em 2015, por conta da política de realinhamento tarifário, mas com desaceleração nos anos subsequentes, em consonância com os objetivos da política macroeconômica. (AG)
