Quinta-feira, 22 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 9 de janeiro de 2021
O governo da Alemanha aprovou uma legislação que força grandes empresas a ter ao menos uma mulher em seus conselhos de administração, uma decisão que chega depois de anos de debates sobre o tema.
“Esta lei é um marco para mais mulheres chegarem a posições de liderança”, afirmou Franziska Giffey, ministra da Família do SPD, em comunicado.
A lei, que vale para empresas com mais de três pessoas no conselho de administração, é uma demanda do Partido Social Democrata (SPD, na sigla alemã), mas os democratas cristãos de Angela Merkel se opunham à medida. A chanceler, no entanto, manifestou sua frustração com a lentidão das empresas em nomear mulheres em postos de liderança.
“Há anos que observamos que poucas mudanças são feitas voluntariamente e o progresso é muito lento”, disse ela.
A nova legislação afeta cerca de 70 empresas, dentre as quais cerca de 30 não tem nenhuma mulher em seus conselhos de administração.
Depois de uma mudança na lei, datada de 2015, a percentagem de mulheres nos conselhos de supervisão corporativa ultrapassou o limite de 30% em 2017 e atingiu 35,2% em Novembro de 2020.
Nos conselhos de administração das cerca de cem maiores empresas, as mulheres representavam apenas 11,5% dos cargos. A expectativa é que a nova legislação gere mudança. A lei também prevê regras mais rígidas de igualdade de gênero nas empresas controladas pelo governo, nas quais os conselhos com mais de dois membros deverão ter ao menos uma mulher.