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Por Redação O Sul | 1 de fevereiro de 2017
O governo colombiano e as Farc (Forças Revolucionárias da Colômbia) proclamaram nesta quarta-feira (1º) o fim do conflito armado, que durou 52 anos, e o início da paz. Militares, policiais e guerrilheiros participaram de um ato celebrado no município de Fonseca, no Norte do país.
“Este é um momento de alegria para o país”, disse o alto-comissário para a Paz da Colômbia, Sergio Jaramillo, na zona transitória de Pondores, um dos 26 locais onde os rebeldes se reúnem para entregar as armas e para a desmobilização.
Pelo menos 6,3 mil guerrilheiros das Farc devem se reunir até o final de semana em zonas de transição. Nos próximos 120 dias, os rebeldes deixaram as armas e aqueles que forem beneficiados por indultos ou pela Lei da Anistia poderão retornar à sociedade e estarão livres para fazer o que quiserem.
Jaramillo afirmou ainda que “não é fácil” o caminho que os guerrilheiros têm de fazer até às zonas transitórias devido à geografia e às condições meteorológicas.
Além de Jaramillo, o chefe do Comando Estratégico de Transição, general Javier Flórez, e o número dois das Farc, Luciano Marín Arango, conhecido como Iván Márquez, participaram da cerimônia.
“A paz com as Farc é uma realidade na Colômbia”, destacou Flórez, apertando a mão de alguns guerrilheiros. “A paz na Colômbia é possível”, acrescentou Arango.
Em 52 anos, o conflito na Colômbia, o mais longo da América, provocou a morte de 220 mil pessoas e deixou mais de 6 milhões de deslocados internos. Após uma primeira tentativa de estabelecer o fim do conflito ser rejeitada num referendo, o governo e as Farc assinaram em novembro um novo acordo de paz.