Domingo, 09 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 7 de agosto de 2015
Em entrevista coletiva, o governador José Ivo Sartori deu a entender que não teme o desgaste por tomar medidas impopulares. Ele apresentou na quinta-feira, um conjunto de iniciativas para debelar a crise. Na terceira etapa do Ajuste Fiscal Gaúcho, dez propostas serão encaminhadas à Assembleia Legislativa na sexta-feira. “Sei que a crise é grave, gravíssima. E exatamente por isso, a hora de fazer mudanças estruturais é agora”, afirmou Sartori. “Crise se enfrenta com crescimento e austeridade”, completou.
Entre as proposições estão a extinção de uma autarquia e de três fundações, além de reforma na previdência. A proposta de criação da previdência complementar para os futuros servidores estaduais, com exceção dos militares, seguindo o modelo implementado pelo governo federal. Hoje, o RS destina 54% da sua receita para o pagamento de aposentadorias, o maior índice do País.
Entre os órgãos a serem extinguidos pelo governo estão a Cesa (Companhia Estadual de Silos e Armazéns), a Fepps (Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde), a Fundação Zoobotânica e a Fundergs (Fundação de Esporte e Lazer).
Outra proposta prevê a criação da Banrisul Cartões, que pretende trazer mais competitividade. O rol de medidas é formado ainda pela proposta que autoriza o Executivo a negociar a liquidação de financiamentos habitacionais que foram incorporados ao Estado após a extinção da Cohab. A medida estimula a regularização e atende a 4.683 beneficiários.
O governo não se posicionou sobre o parcelamento dos salários dos servidores. Segundo o chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi, a medida não pode ser descartada para os próximos meses.