Quinta-feira, 09 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 7 de outubro de 2025
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) informou nessa terça-feira (7) que o total de casos de intoxicação por metanol é de 176, sendo 158 em investigação e 18 confirmados. São 10 óbitos, sendo três confirmados e sete em investigação. Com relação aos casos descartados, o total é de 85. Nessa terça, foram descartados 38 novos casos após análises clínicas e epidemiológicas e outros 35 passaram a ser investigados.
A Prefeitura de São Bernardo, em São Paulo, confirmou nessa terça a morte de Bruna Araújo de Souza, de 30 anos de idade, após consumir bebida contaminada por metanol. Conforme o comunicado da prefeitura, Bruna estava sob cuidados paliativos desde que foi internada por ter consumido vodca com metanol. Com isso, são três as vítimas registradas no estado de São Paulo pela ingestão da substância tóxica no país.
A prefeitura informou também que até segunda-feira (6), a Vigilância Epidemiológica da cidade recebeu 78 notificações de casos suspeitos de contaminação por metanol, sendo que seis óbitos estão em investigação.
Nas redes pública e privada de São Bernardo, foram contabilizados 72 pacientes atendidos. Desses, 70 moram na cidade, incluindo os óbitos suspeitos.
Operação
A força-tarefa do Governo de SP apreendeu mais de 100 mil vasilhames vazios em um galpão clandestino localizado na Vila Formosa, zona leste de São Paulo. A operação faz parte da ação integrada do gabinete de crise que atua no combate a casos de contaminação de bebidas por metanol.
A ação da Polícia Civil, por meio da 1ª Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco), ocorreu na tarde de segunda-feira (6), durante uma investigação de combate à adulteração de bebidas alcoólicas. O local funcionava como uma “empresa de recicláveis”, que tinha como fonte principal de comércio a venda de garrafas vazias para serem reaproveitadas.
Durante a vistoria, os policiais apreenderam cerca de 103 mil vasilhames vazios de destilados, como gins, vodcas e whiskys, todos prontos para serem vendidos e reutilizados.
Os produtos não possuíam nenhum tipo de controle sanitário. Também foram apreendidas outras 6 mil garrafas com bebidas alcoólicas sem comprovação de origem.
O estabelecimento, que não tinha documentação para o funcionamento, foi interditado pela Vigilância Sanitária.
A fiscalização também elaborou autos de infração a dois homens que estavam no galpão, de 46 e 61 anos, que passarão a ser investigados.
O local foi preservado até a chegada dos peritos do Instituto de Criminalística. Após os trabalhos periciais, o material foi apreendido.
O caso foi registrado como falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de bebidas na 1ª Delegacia Seccional do Centro.