Sábado, 03 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 31 de janeiro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O governo Sartori descobriu ontem que lhe falta apenas um voto para aprovar as PECs (propostas de emenda constitucional) que livram os contribuintes gaúchos de ratearem os prejuízos causados por elefantes deficitários, como a CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica) e a CRM (Companhia Rio-grandense de Mineração) e a própria Sulgás, para a qual não existem recursos públicos disponíveis para novos investimentos, empresas que o governo quer entregar para a União, ou vender, como garantia de renegociação da dívida. O líder do governo Gabriel Souza (MDB) reuniu 32 assinaturas de apoio à convocação da sessão desta quarta-feira, um a menos que o número necessário para aprovar uma PEC, que é de 33 votos. A força da base governista acabou preocupando a oposição, que rejeitou mudança na pauta de votação de projetos ainda ontem, temendo uma sucessão de derrotas.
A pauta desta quarta-feira
O que vai acontecer hoje: o governo vai tentar inverter no plenário a pauta desta quarta-feira, para votar em primeiro lugar o projeto de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal, e, depois, as PECs que tratam da privatização das estatais. A oposição tentará obstruir as votações.
Deputada diz que já houve uma negociação da dívida.
No vale-tudo dos debates em plenário, a deputada Miriam Marroni (PT) surpreendeu ontem os cidadãos mais lúcidos, ao afirmar que no governo Tarso Genro foi feita uma negociação estruturante da dívida do Estado com a União, melhor que a atual proposta. Se tal ocorreu – e não aconteceu – então esta seria a causa desse contrato leonino que o atual governo tenta repactuar com a união?
Edegar Pretto terá de renunciar
O deputado Edegar Preto (PT), presidente da Assembleia Legislativa, e os demais membros da mesa que dirige a casa, terão de formalizar nesta quinta-feira a renúncia aos cargos diretivos que ocupam. A renúncia será necessária para cumprir o acordo que prevê a eleição de uma nova mesa diretora, chefiada pelo PDT, que indicou o deputado Marlon Santos para presidir a casa. O regimento interno prevê no artigo 21 e parágrafos que os mandatos da mesa tenham dois anos de duração, daí a necessidade da renúncia. Esta quarta-feira marca o último dia da melancólica gestão de Edegar Pretto à frente do Legislativo gaúcho.
Diagnóstico pontual
Coube ao deputado Marcel Van Hatten (PP) definir ontem o comando do atual presidente do Legislativo: “O senhor perdeu o pulso e está desmoralizado. Não tem condições de presidir esta Casa.”
Folha de janeiro no Executivo chega a R$ 1,174 bilhão
O governo gaúcho conseguiu reunir ontem R$ 323,3 milhões para pagar, hoje, 55,25% da folha dos servidores. Serão pagos os servidores que recebem, líquidos, até R$ 2,7 mil. O total da folha de janeiro dos servidores do executivo chega a R$ 1,174 bilhão.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.