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Mundo O presidente do Equador cede e derruba a alta dos combustíveis buscando encerrar os protestos da população

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Manifestantes tomaram as ruas do país nos últimos dias. (Foto: Reprodução/Twitter)

O governo e a Confederação das Nacionalidades Indígenas do Equador anunciaram, na noite de domingo (13), um acordo para frear a onda de 11 dias de protestos no país. O presidente Lenín Moreno recuou e concordou com a revogação do decreto que retirava subsídios aos combustíveis. Manifestantes celebraram o acordo nas ruas da capital Quito.

Após a reunião com os líderes indígenas, Moreno declarou que o decreto 883 será revogado e substituído por um novo texto, a ser redigido por uma comissão integrada por organizações do movimento indígena, “com a mediação das Nações Unidas e da Conferência Episcopal do Equador e com a supervisão das demais funções do Estado”.

A expectativa é de que o acordo coloque fim nos distúrbios em todo o país, que já deixaram pelo menos sete mortos, 1.340 feridos e 1.152 presos, segundo a Defensoria Pública. “O bem mais valioso que temos é a paz, e eu valorizo a paz como valorizo o sacrifício dos irmãos indígenas”, afirmou o presidente equatoriano.

A retirada dos subsídios aos combustíveis, que vigoravam havia quatro décadas, era parte de um pacote de ajustes para cumprir metas acertadas com o FMI (Fundo Monetário Internacional). O Equador pediu ao fundo empréstimo de US$ 4,2 bilhões.

O fim dos subsídios provocou uma alta de até 123% no preço dos combustíveis e desencadeou uma onda de protestos nas principais cidades equatorianas. Em reação aos protestos, o governo decretou “estado de exceção” e, posteriormente, transferiu a sede do governo de Quito para a cidade costeira de Guayaquil. As medidas não contiveram os protestos.

Lideranças indígenas

No início das conversas, Moreno afirmou que os mais ricos e os traficantes de gasolina eram os que mais se beneficiavam do subsídio aos combustíveis. “Se isso também está afetando os mais humildes, temos que dialogar. Mas não é justo que esses grupos poderosos fiquem ainda mais poderosos com o subsídio”, alertou.

O presidente da Conaie, Jaime Vargas, aprovou o acordo da noite deste domingo, mas pediu ao governo respeito à Constituição. “Nossos territórios são afetados pela ação das transnacionais. Nesse processo de luta, temos mais de 2.000 feridos, 1.000 prisioneiros e 10 mortos”, afirmou.

Vargas, porém, ainda quer a renúncia imediata da ministra de Governo do Equador, María Paula Romo, e do ministro de Defesa, Oswaldo Jarrín. O governo ainda não respondeu sobre o pedido do líder indígena.

Leonidas Iza, presidente do Movimento Indígena Cotopaxi, disse que a violência vai diminuir com a revogação do decreto.

Secretário da Presidência

Após finalizar o acordo, o secretário da Presidência, Juan Sebastián Roldán, disse que esses 11 dias de convulsão social vividos pelo país foram difíceis para os equatorianos.

“Ninguém quer um prisioneiro, ninguém quer uma pessoa ferida. Nenhuma polícia, nenhum exército pretende agredir ninguém; mas muitos militares e policiais cumpriram seu dever nas ruas e hoje também comemoram a tranquilidade”, avaliou.

Ele destacou que a atitude de Moreno de se abrir ao diálogo permite superar a crise que o Equador experimentou e restaurar a paz e a tranquilidade.

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https://www.osul.com.br/governo-do-equador-recua-e-revoga-decreto-que-aumentou-o-preco-dos-combustiveis-e-provocou-protestos/ O presidente do Equador cede e derruba a alta dos combustíveis buscando encerrar os protestos da população 2019-10-14
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