Por Redação O Sul | 23 de julho de 2015
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O governo do Estado encerrou o calendário anual de pagamento do IPVA 2015, com um total de R$ 2 bilhões (R$ 2.091.257.996,17) arrecadados, referentes à frota de 3,8 milhões de veículos. No entanto, ainda faltam 248 mil veículos que estão circulando com o imposto atrasado, ou 10,94% da frota. Essa inadimplência, de cerca de R$ 260 milhões, o governo vai buscar, intensificando barreiras e a fiscalização. Um dos argumentos do governo para sensibilizar os proprietários inadimplentes a quitarem o imposto, será a divulgação da informação de que o motorista que trafegar sem o Certificado de Registro e de Licenciamento de Veículo estará cometendo infração gravíssima (art. 230, V, do CTB), com risco de multa de R$ 191,53 e sete pontos no prontuário da Carteira Nacional de Habilitação. O tema também interessa aos prefeitos, já que metade do IPVA é repassado ao município de emplacamento do veículo.
Atentado em Cidreira
O relato é do ex-vereador e policial aposentado Ricardo Lobão, de Cidreira: “No dia de ontem, por volta das 16h30min, na rua Doze, onde fica a garagem da prefeitura de Cidreira, duas pessoas em uma moto, escura e com as rodas coloridas, efetuaram seis disparos de arma de fogo no carro do Rodrigo Neto, conhecido como Arroz. Ex-secretário de turismo da cidade, Arroz foi sacado do cargo por negociações políticas do prefeito. O comentário dá conta de que os atiradores diziam, que ‘se ele continuar falando, vai ter’”. A Polícia Civil investiga o caso.
Verbas para centrais sindicais
O deputado federal Onyx Lorenzoni (Democratas) critica as medidas do governo de cortar recursos do orçamento a pretexto de cumprir metas da economia. Segundo Onyx, “o Governo Dilma alegou falta de caixa e atrasou e cortou recursos para Educação e para a Saúde. Também deu calote no pagamento do abono salarial do PIS (Programa de Integração Social). Mas, contraditoriamente, “não deixou de liberar rapidinho milhões para beneficiar a CUT, ligada ao PT, e outras entidades”. Foram liberados cerca de R$ 170 milhões para centrais sindicais alinhadas ao governo, desde janeiro. O valor representa 66% a mais que o ano passado, no mesmo período.
A Fecomércio e a gestão do Estado
Ao falar ontem para seus colegas empreendedores na reunião-almoço da Federasul, o presidente da Fecomércio (Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do RS), Luiz Carlos Bohn, justificou com dados a sua afirmativa de que o problema do Estado é definitivamente de gestão: “No período de 1997 a 2014, por exemplo, a arrecadação, somente com ICMS, cresceu 132% acima da inflação. Hoje, o contribuinte que deveria consumir educação, saúde e segurança de qualidade, se transformou em uma mera fonte de recursos para sustentar a máquina estatal”.
Calculando as defecções
Se realmente optar por enviar à Assembleia o projeto de aumento de impostos, o governo deverá calcular previamente as perdas que terá, entre os votos da base aliada. A busca de preciosos votos, onde um voto pode decidir a vitória ou derrota da polêmica proposta, poderá incluir até mesmo, como estratégia, o retorno de deputados que ocupam secretarias, para garantirem o voto ao aumento dos impostos e sensibilizarem suas bancadas nessa direção.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
