Segunda-feira, 10 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 14 de outubro de 2021
O governo do Paraguai anunciou na quarta-feira (13) a realização de uma operação conjunta com a PF (Polícia Federal) na fronteira com o Brasil após uma série de execuções ocorridas nos últimos dias na região entre Mato Grosso do Sul e o país vizinho. Para isso, o ministro do Interior, Arnaldo Giuzzio Benítez, disse que será instalado um comando conjunto das forças de segurança entre Pedro Juan Caballero (Paraguai) e Ponta Porã (MS).
Esse comando conjunto tem como base um acordo firmado em 1º de junho deste ano entre o Ministério do Interior do Paraguai e o Ministério da Justiça do Brasil. O acordo prevê o intercâmbio de informações de inteligência entre os órgãos de segurança dos dois países, a realização de operações conjuntas e a instalação de uma unidade de coordenação operativa na zona de fronteira.
A ideia agora, segundo fontes da PF, é colocar em funcionamento esses termos previstos no acordo.
Na noite de terça-feira, o policial paraguaio Hugo Ronaldo Acosta, de 32 anos, foi morto com 36 tiros de pistola calibre 9mm, em Pedro Juan Caballero – a cidade é vizinha à Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul. Ele estava num carro Voyage quando foi interceptado por bandidos que estavam numa caminhonete, informou a imprensa local. Acosta foi o segundo policial paraguaio morto num intervalo de menos de 24 horas.
A maioria dos disparos atingiu Acosta na cabeça, o que provocou sua morte por traumatismo craniano. Após o agente ser atingido, a arma dele foi levada de dentro de seu carro. Um homem vestindo uma camisa preta foi visto se aproximando do veículo, pegando a arma e deixando o local.
Na manhã de terça-feira, o suboficial da polícia paraguaia Pastor Miltos Duarte foi morto a tiros quando estava em casa, em Karapai, a cerca de 60 quilômetros de Ponta Porã. O agente seria ligado ao ex-deputado paraguaio Carlos Rubens Sanches Garcete, conhecido como Chicarô, executado dentro de casa, em Pedro Juan Caballero, no dia 7 de agosto deste ano, durante uma disputa por território em Capitán Bado, na divisa de Coronel Sapucaia com Pedro Juan.
No último sábado, quatro pessoas foram mortas numa chacina ocorrida em Pedro Juan. Na última segunda-feira, seis brasileiros foram presos por suspeita de participação nos assassinatos. Todos decidiram ficar calados perante a Justiça e continuam detidos no Departamento de Investigação Criminal. O crime teria sido motivado por um acerto de contas entre traficantes. As informações são do jornal O Globo.