Domingo, 04 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 1 de maio de 2022
O Pentágono pediu para os americanos desistirem de ir para a Ucrânia, após a morte de um dos seus cidadãos que viajou ao Leste Europeu para lutar contra as forças russas. Willy Joseph Cancel, de 22 anos e que, ao que tudo indica, foi assassinado na segunda-feira (25). O jovem chegou à Ucrânia em meados de março, disse sua mãe Rebecca Cabrera, à rede de televisão CNN.
“Seguimos fazendo um apelo aos americanos para que não viajem à Ucrânia”, disse o porta-voz do Pentágono, John Kirby, qualificando a notícia como “angustiante” e oferecendo seu apoio à família do falecido.
“Esta é uma zona de guerra contínua, (…) não é um lugar aonde os americanos devam ir”, reiterou.
Rebecca Crabera disse que seu filho “queria ir para lá porque acreditava pelo que se está lutando na Ucrânia e queria fazer parte disso para conter (a ameaça) lá e não deixar que chegue até aqui”.
Cancel deixa sua esposa e um filho de sete meses, segundo a imprensa americana. Sua esposa, Brittany, confirmou a morte de seu marido em um comunicado enviado a vários veículos de comunicação, no qual destacou o “valor” de Willy Cancel e o qualificou como um “herói”.
Cancel era um ex-fuzileiro naval que se uniu a uma companhia paramilitar privada e se ofereceu como voluntário para viajar à Ucrânia.
Um cidadão britânico também morreu na Ucrânia e outro está desaparecido, segundo confirmou, na quinta-feira (28), um porta-voz do ministério britânico das Relações Exteriores.
Ambos os homens lutavam como voluntários junto ao exército ucraniano, segundo os veículos de comunicação britânicos.
Pouco depois da Rússia ter invadido seu país em 24 de fevereiro, o presidente ucranino, Volodimir Zelensky, pediu a formação de uma “legião internacional” de voluntários estrangeiros para ajudar defender a Ucrânia.
No início de março, o chanceler ucraniano Dmitro Kuleba mencionou o número de 20 mil voluntários estrangeiros que se uniram às forças de seu país para combater na guerra.
Visita surpresa a Kiev
A presidente da Câmara de Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, se reuniu com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, durante uma visita surpresa a Kiev, divulgada neste domingo (1). A viagem acontece uma semana depois da visita à capital ucraniana do secretário de Estado americano, Antony Blinken, e do secretário de Defesa, Lloyd Austin.
“Obrigado aos Estados Unidos por ajudar a proteger a soberania e a integridade territorial de nosso Estado”, tuitou Zelensky em uma mensagem que inclui um vídeo. Nele, o presidente aparece ao lado de guardas armados, no momento em que recebeu Pelosi e uma delegação do Congresso na entrada da sede da Presidência em Kiev.
Em comunicado, a delegação americana anunciou que também viajará ao sudeste da Polônia e a Varsóvia e afirmou que a visita pretende “enviar uma mensagem inequívoca e veemente ao mundo de que os Estados Unidos estão com a Ucrânia”. Os congressistas também afirmaram que “transformarão a forte demanda de financiamento do presidente (Joe) Biden em um pacote legislativo”.
Durante a visita, o presidente ucraniano deu a “Medalha da Ordem da Princesa Olga” para Pelosi por sua “significativa contribuição pessoal” ao reforço das relações entre EUA e Ucrânia. O reconhecimento lembra Olga, a primeira mulher a reinar a Rússia de Kiev, uma confederação que existiu entre os séculos IX e XIII.