Quinta-feira, 01 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 8 de novembro de 2015
A Oi enviou a um grupo de trabalho criado no Ministério das Comunicações um documento com reivindicações que, caso sejam atendidas, aumentarão o valor da companhia, abrindo caminho para uma fusão com a TIM.
Com uma dívida de cerca de 50 bilhões de reais, a Oi conta hoje uma proposta do fundo russo LetterOne que colocará 4 bilhões de dólares na companhia desde que ela dê um jeito de se fundir com a TIM.
A Telecom Italia, dona da TIM, só admite uma negociação se houver uma mudança na legislação do setor.
O impasse e o vencimento de dívidas de curto prazo da Oi no primeiro trimentre de 2016 acionaram uma bomba-relógio e, agora, todos correm para achar uma solução e evitar que a Oi possa quebrar.
Para aumentar mais a pressão, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), sócio e um dos principais financiadores da companhia, também entrou em campo para defendê-la.
O grupo que estuda esse assunto no governo planeja chegar à versão final da nova legislação em 90 dias. Os russos deram um prazo de sete meses para um acordo final. Senão, poderão se associar a outro concorrente. A Sky, atualmente na mira da Telefônica (dona da Vivo), seria uma opção.
As mudanças poderiam ser feitas via decreto e até com alguma manobra da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), mas nem russos nem italianos concordam com isso. Querem segurança jurídica para um acordo e, em função disso, exigem que tudo passe pelo Congresso.
No caso de as reivindicações da Oi serem efetivadas, as mudanças atenderiam todo o setor de telecomunicações. (Folhapress)