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Saúde Governo gaúcho decreta emergência em saúde pública com foco na prevenção e enfrentamento da Síndrome Respiratória Aguda Grave, especialmente em crianças

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O Rio Grande do Sul registrou neste ano, até essa segunda-feira, 4.099 hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). (Foto: Cristine Rochol/PMPA)

O governo do Rio Grande do Sul decretou emergência em saúde pública com foco na prevenção e enfrentamento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), especialmente em crianças. O decreto, assinado pelo governador Eduardo Leite nessa segunda-feira (19), será publicado no Diário Oficial do Estado nesta terça-feira (20). Neste mês, a Secretaria da Saúde (SES) já anunciou um investimento de R$ 20,8 milhões na Operação Inverno Gaúcho, a serem aplicados na Atenção Primárias e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

A medida foi adotada diante do aumento expressivo de casos e da demanda nos serviços de emergência, com filas de espera, o que representa elevado risco à população. A secretária da Saúde, Arita Bergmann, disse que a decisão busca fortalecer a rede hospitalar, com a preparação e disponibilização de leitos de UTI e suporte ventilatório.

Com o decreto, as redes hospitalares que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) devem priorizar medidas emergenciais para a oferta de leitos clínicos e de terapia intensiva voltados ao atendimento de casos de síndrome respiratória. A validade do decreto é de 120 dias, a contar da data de publicação.

De acordo com dados do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), divulgados em painel, o Rio Grande do Sul registrou neste ano, até essa segunda-feira (19/5), 4.099 hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Essas internações foram causadas por infecções como influenza (gripe), covid-19, vírus sincicial respiratório (VSR), entre outros. Do total de casos, 305 evoluíram para óbito. Entre as crianças menores de cinco anos, foram registradas 1.374 internações e dez mortes.

O documento destaca o risco de esgotamento da capacidade de resposta do sistema de saúde, especialmente na infraestrutura voltada ao atendimento pediátrico, o que pode levar à saturação do SUS. Esse cenário é agravado pela epidemia de dengue que também atinge o Rio Grande do Sul.

O decreto justifica a decisão em razão do significativo aumento nas internações por síndromes respiratórias nas últimas semanas. Na Semana Epidemiológica 14 (de 31 de março a 5 de abril), foram registradas 194 hospitalizações. Já na Semana 18 (de 28 de abril a 3 de maio), o número dobrou, chegando a 392. Na Semana 19 (de 4 a 10 de maio), os registros subiram ainda mais, totalizando 451 hospitalizações. Como os casos são contabilizados pela data de início dos sintomas, os números da Semana 20 (de 11 a 17 de maio) ainda estão sendo consolidados e aumentarão conforme acontecem as notificações.

Entre os vírus responsáveis pelas internações, a influenza (gripe) teve um crescimento expressivo. Na Semana 14, foram registrados 9 casos, número que saltou para 116 na Semana 18 – um aumento superior a 1.100%. Em 2024, a gripe já causou 526 hospitalizações e 43 óbitos no Estado.

Outro importante agente é o vírus sincicial respiratório (VSR), responsável por 495 hospitalizações neste ano, das quais 95% (471) ocorreram em crianças com menos de cinco anos. A atual circulação simultânea de diversos vírus respiratórios, somada à tendência natural de aumento dos casos durante o inverno, contribui para o agravamento da situação das SRAG no Estado.

O governo lançou, em maio, a Operação Inverno Gaúcho com Saúde, destinando R$ 20,8 milhões para reforçar a assistência à saúde nos municípios. Esses valores serão pagos entre 30 de maio e 30 de junho.

Serão R$ 13,65 milhões para a Atenção Primária, visando a ampliação de horários das Unidades Básicas de Saúde (UBS), contratação de profissionais e aquisição de insumos, inclusive para vacinação. Os valores variam conforme o tamanho da população, com repasses de R$ 20 mil a R$ 100 mil em parcela única.

Além disso, R$ 7,15 milhões serão destinados às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), conforme a média de atendimentos registrada em 2024, com valores entre R$ 70 mil e R$ 150 mil por município. As informações são do Palácio Piratini.

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