Sábado, 27 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 4 de fevereiro de 2016
Desde que o Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu mudar a rota da política monetária e manter a taxa de juros no patamar de 14,25%, a expectativa no governo passou a ser de que o BC (Banco Central) comece a apontar para a queda dos juros ainda este ano.
A pressão de setores influentes do governo, das áreas política e econômica, vem aumentando após dados fracos de grandes economias, como a norte-americana e a japonesa, apontarem para uma deterioração do quadro internacional, com reflexo na inflação brasileira.
A pressão pela queda dos juros é vista por interlocutores do Palácio do Planalto como natural, dentro de um cenário de recessão econômica, mas não significa uma “ordem” para o BC reduzir os juros. A conjuntura internacional mais complicada foi a justificativa para o sinal repentino passado pelo presidente do BC, Alexandre Tombini. De forma inédita, ele passou um recado ao Copom, que se reúne para decidir sobre o rumo dos juros, sobre a “significativa” mudança nas projeções do FMI (Fundo Monetário Internacional) à atividade brasileira.
Para o governo, o tom do BC ficou mais ameno sobre a inflação, ainda que a instituição permaneça “vigilante” em relação à alta dos preços. As expectativas para a inflação são agora o ponto nevrálgico das discussões no BC. Para especialistas, o próximo passo poderá ser a redução das previsões para os juros no médio prazo. (AE)