Quinta-feira, 01 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 4 de julho de 2016
Na busca de reduzir o rombo das contas públicas no próximo ano, a equipe do ministro Henrique Meirelles (Fazenda) calcula que o futuro programa de privatizações e concessões do governo Temer irá render entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões ao caixa do Tesouro Nacional em 2017.
A equipe econômica definiu como objetivo fechar o próximo ano com um déficit primário menor do que o de 2016, que pode ficar em até R$ 170,5 bilhões. E que, em 2018, ele seja ainda mais baixo do que o de 2017. A dúvida dentro do governo Temer é de quanto poderá ser o rombo nas contas da União no ano que vem. Sem novas medidas de geração e de aumento de receitas, a equipe de Meirelles afirma que há risco de a União repetir o déficit deste ano.
Segundo um assessor presidencial, o programa de concessões e privatizações terá de gerar a “entrada efetiva de dinheiro no caixa do Tesouro” da ordem de R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões para ajudar na redução do buraco no Orçamento do governo federal.
A equipe de Temer ainda está montando a lista do que pode ser privatizado e concedido ao setor privado, mas já conta com a venda da Caixa Seguridade, IRB, participações da Infraero em aeroportos e concessões de rodovias, portos e aeroportos.
Rombo em 2017
Dentro da área técnica, alguns cenários apontam um déficit primário em 2017 entre R$ 135 bilhões e R$ 150 bilhões, mas sempre contando com a adoção de medidas para melhorar as receitas. O número final do déficit primário, que na prática significa que o governo não terá condições de economizar para pagar juros da dívida, será fechado na próxima semana.
A equipe econômica tem de enviar sua previsão de meta fiscal ao Congresso, para ser incluída no projeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) que o presidente do Senado, Renan Calheiros, quer votar antes do recesso do Legislativo, ao final da primeira quinzena de julho. (Folhapress)