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Economia Governo prevê economia de R$ 15 bilhões em dois anos com corte de gastos da Medida Provisória que limita uso do Atestmed e seguro-defeso

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Medida também altera regra sobrea Compensação Previdenciária e Pé-de-Meia. (Foto: Edu Andrade/Ministério da Fazenda)

O governo prevê economizar R$ 14,8 bilhões neste ano e no próximo com ações de cortes de despesas previstas medida provisória (MP) publicada para substituir parcialmente o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Do total, R$ 3,8 bilhões virão da regra que limitou o prazo do auxílio-doença concedido por análise documental, o chamado Atestmed, a 30 dias na Até então, o prazo máximo era de 180 dias.

Segundo a MP publicada na quarta-feira (11), caso o prazo de um mês seja superado, os benefícios estarão sujeitos à realização de perícia presencial ou com uso de telemedicina. O documento ainda diz que os prazos podem ser diferenciados com base no tipo de segurado do Regime Geral da Previdência Social, respeitado o prazo de 30 dias.

“O prazo de duração previsto poderá ser excepcionalizado por ato do Poder Executivo federal, de forma justificada e por prazo determinado.”

No ano passado, o Ministério da Previdência já havia adiantado que queria fazer recortes no prazo máximo de concessão via Atestmed.

O Atestmed é um sistema do INSS que permite aos segurados solicitar o benefício por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) através de uma análise de documentos, sem necessidade de uma perícia médica presencial. Foi criado em 2024 para agilizar o processo de concessão do benefício e reduzir o tempo de espera na fila do INSS e é um dos mecanismos que o governo conta para fazer um pente-fino nos gastos da previdência.

Além da mudança do Atestmed, a MP estabelece que a compensação financeira entre o RGPS e os regimes de previdência dos servidores da União, Estados e municípios vai ficar limitada à dotação orçamentária para essa despesa na data da sanção do orçamento.

Seguro-defeso

O governo aproveitou a edição da medida provisória também para restringir o acesso ao seguro-defeso, pago a pescadores artesanais. A principal mudança é que esse tipo de despesa deixa de ser obrigatória, passando a depender de dotação orçamentária. O Bolsa Família já segue essa sistemática. Nesse caso, a ideia é economizar R$ 3,2 bilhões.

A MP transfere para os municípios onde mora o pescador a emissão o registro de pescador artesanal profissional. Atualmente essa é uma atribuiçao do Ministério da Pesca. A homologação do documento é uma exigência obrigatória para a concessão do benefício.

O ritmo de crescimento da despesa com seguro defeso é uma das preocupações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Do valor orçado pra este ano de R$ 6,4 bilhões, já foram gastos R$ 5,6 bilhões. Em 2024, foram desembolsados R$ 5,8 bilhões e em 2023, R$ 4,9 bilhões.

Pé-de-Meia

O governo colocou o gasto com o programa Pé-de-Meia como um dos investimentos elegíveis ao investimento mínimo constitucional de saúde na MP. O programa concede bolsa e poupança para estudantes do Ensino Médio. Isso levaria a uma economia de R$ 4,8 bilhões.

TCU: Tribunal aprova com ressalvas contas de 2024 do governo Lula e alerta para renúncias fiscais
Na prática, a medida resolve uma pendência do governo com o Tribunal de Contas da União (TCU), que, em fevereiro, havia dado o prazo de 120 dias para que o programa entrasse no orçamento. Até então, ele era pago com recursos do Fundo Garantidor de Operações (FGO) e do Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (Fgeduc).

Ao colocar a despesa para dentro do mínimo de educação, o governo economiza espaço orçamentário, consumindo o recurso que já é repassado obrigatoriamente para a área. Constitucionalmente, o piso de educação deve receber 18% da receita líquida de impostos da União.

Já as despesas federais com a Compensação Previdenciária (Comprev) passaram a ficar limitadas à dotação orçamentária inicial a cada exercício, com o objetivo de induzir mais eficiência na análise do estoque de processos em que a União é credora dos entes, uma vez que esta despesa resulta de encontro de contas entre os passivos e os créditos da União. O alívio previsto é de R$ 1,5 bilhão.

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