Sexta-feira, 24 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 1 de agosto de 2015
Pela primeira vez, o governo entregou ao Congresso Nacional um projeto de Orçamento prevendo gastos maiores que as receitas (déficit). A estimativa para 2016 é de déficit de 30,5 bilhões de reais, o que representa 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto), de acordo com o ministro Nelson Barbosa, do Planejamento. O documento traz ainda a previsão de crescimento econômico de 0,2% e de inflação de 5,4% no ano que vem.
O governo propõe elevar o salário mínimo para 865,50 reais em 2016. Hoje, o valor é de 788 reais. Em entrevista no Palácio do Planalto na segunda-feira, Barbosa afirmou que o governo continuará adotando medidas para melhorar os resultados das contas públicas em 2016 por meio do aumento de tributos e venda de participações acionárias, além de novas concessões.
Com a ampliação do processo de concessões e venda de imóveis, além do aperfeiçoamento e aumento da cobrança da dívida ativa da União, o governo espera receber 37,3 bilhões de reais. Segundo Barbosa, “hoje o principal desafio fiscal do Brasil é controlar o crescimento dos gastos obrigatórios da União”. Isso significa discutir gastos com a Previdência, com a saúde, com funcionários públicos, entre outros, disse o ministro.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, declarou que o governo está adotando uma série de medidas que representam sacrifício, como redução dos ministérios. “A gente sabe onde a gente quer chegar, a gente sabe como vai chegar, que é através de reformas, é fazer o Brasil mais justo simples, eficiente através de medidas legislativas em alguns casos. Precisa de uma ponte para assegurar a estabilidade fiscal, com receitas para cobrir despesas no curto prazo, podem ser ações provisórias, mas é importante considerá-las”, disse Levy.
Segundo ele, essa é a conclusão que o Orçamento apresentado é “transparente e provoca reflexão no momento em que o Brasil enfrenta uma mudança significativa do ambiente econômico.” (AG)