Terça-feira, 25 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 9 de abril de 2016
Interlocutores da presidenta Dilma Rousseff apostam que o cenário político será mais uma vez embaralhado na próxima semana por causa de novas revelações da Operação Lava-Jato. Entre os ocupantes do Palácio do Planalto há a certeza de que o juiz Sérgio Moro, responsável pelas investigações sobre o escândalo da Petrobras na primeira instância, prepara uma ofensiva para atingir o governo na semana em que o impeachment deve ser votado no plenário da Câmara. Pelo cronograma estabelecido, o processo deverá ser apreciado pelo plenário no dia 17, um domingo.
Além de vazamentos relacionados a delações premiadas, há o temor de que Moro deflagre uma nova fase da operação e decrete a prisão de dois nomes que já tiveram bastante proximidade com a presidenta: os ex-ministros da Casa Civil Antonio Palocci e Erenice Guerra.
Segundo a delação premiada dos executivos da empreiteira Andrade Gutierrez, Palocci e Erenice teriam ajudado a estruturar o esquema de propina na obra da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Os empresários apontaram uma pagamento de cerca de 150 milhões de reais em propina. O valor seria referente a um acerto de 1% sobre contratos. O dinheiro teria como destino o PT e o PMDB e agentes públicos ligados a esses dois partidos. (AE)