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Brasil Governo quer novos programas de residência médica

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O objetivo é ampliar a formação de especialistas em áreas estratégicas para o SUS

Foto: Reprodução
O objetivo é ampliar a formação de especialistas em áreas estratégicas para o SUS. (Foto: Reprodução)

O Ministério da Saúde lançou, na última terça-feira (13) um edital de apoio técnico para incentivar a criação de novos programas de residência médica e em área profissional da saúde. O objetivo é ampliar a formação de especialistas em áreas estratégicas para o Sistema Único de Saúde (SUS) e em regiões do País com menor cobertura assistencial.

Entre as especialidades prioritárias estão:

– Ginecologia e Obstetrícia;
– Medicina Intensiva Pediátrica;
– Pediatria;
– Radioterapia;
– Cirurgia Oncológica;
– Oftalmologia;
– Cardiologia;
– Neonatologia;
– Outras especialidades não médicas da área da saúde.

Será prestado suporte na elaboração de projetos pedagógicos e pedidos de credenciamento dos programas de residência. As residências médicas são consideradas o padrão-ouro para formação de um especialista médico. Por isso, o incentivo à criação de residência é encarado pelo Ministério da Saúde como “essencial para o fortalecimento das redes de atenção à saúde e de gestão do SUS”.

O governo é o principal financiador das bolsas de residência médica no País, apesar de haver alguns hospitais privados que arcam com o pagamento de seus residentes. Segundo a pasta, em 2023 e em 2024, foram investidos quase R$ 3 bilhões na formação de residentes em área médica e multiprofissional.

Poderão aderir à iniciativa, cujo período de inscrições é de 19 a 30 de maio, órgãos e instituições públicas e privadas interessados em ofertar novos programas de residência. Terão preferência as instituições:

– com infraestrutura adequada, articulação com o SUS local e compromisso com a formação de qualidade;
– localizadas em municípios com maior vulnerabilidade social;
– com menor densidade de especialistas por habitante; e
– que não possuam programas de residência em funcionamento.

O apoio do edital não é financeiro; será prestado suporte na elaboração de projetos pedagógicos e pedidos de credenciamento dos programas de residência.

Alexandre Holthausen, diretor-superintendente de Ensino do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa do Albert Einstein, um dos hospitais mais renomados do País e que possui diversas residências médicas, afirmou em entrevista ao Estadão que muitos hospitais com capacidade para ter um ou mais programas de residência não têm, de fato, nenhum programa porque não sabem como fazê-lo.

“Precisaria ter algum tipo de incentivo, inclusive do ponto de vista de consultorias no próprio governo ou de entidades que têm residência, para que entendam onde é possível abrir uma boa residência”, analisa o médico que lidera a área de Ensino do Einstein.

Por outro lado, ele avalia que locais muito distantes e com pouca infraestrutura não são os melhores para a formação médica, uma vez que é preciso uma boa quantidade e variedade de casos (que geralmente cidades pequenas não têm) para o ensino da prática, além de médicos para supervisionar e ensinar os estudantes.

Holthausen também aponta que a fixação de médicos em regiões remotas vai muito além da criação de vagas nesses locais, mas funciona à base de incentivos suficientes – financeiros e de infraestrutura – para que os profissionais queiram morar em cidades distantes.

O edital do Ministério da Saúde foi lançado, segundo a pasta, como resposta ao estudo Demografia Médica 2025, que revelou desigualdades na distribuição de médicos especialistas pelo Brasil. De acordo com o levantamento, a região Sudeste concentra mais da metade dos médicos especialistas do País (55,4%), enquanto as regiões Sul (16,7%), Nordeste (14,5%), Centro-Oeste (7,5%) e Norte (5,9%) têm o restante. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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https://www.osul.com.br/governo-quer-novos-programas-de-residencia-medica/ Governo quer novos programas de residência médica 2025-05-15
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