Domingo, 15 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 31 de janeiro de 2024
O governo deve ter uma “discussão rigorosa” com a Petrobras sobre o preço do querosene de aviação, afirmou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, nessa quarta-feira (31).
O governo pretende reduzir o preço do querosene para baixar o custo das passagens aéreas. O combustível, usado pelos aviões comerciais, é um dos maiores custos do setor.
“A Petrobras, por ser quase que a monopolista do QAV no Brasil, a discussão com ela deve ser mais rigorosa”, afirmou.
Segundo Silveira, o governo pretende ter uma “discussão franca e aberta, sem intervir na natureza jurídica das empresas” para reduzir as tarifas o setor aéreo.
“O Querosene de Aviação faz parte disso, mas não é só isso na nossa visão, precisamos discutir o que o QAV representa em uma política vertical imprimida pelo Conselho Nacional de Política Energética a todos os fabricantes do Brasil”, disse.
O governo federal está em uma empreitada para reduzir o custo das passagens. No ano passado, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, se reuniu com empresas aéreas e pediu que apresentassem um plano para baratear as tarifas.
Em dezembro, as companhias anunciaram trechos entre R$ 699 e R$ 799, e a oferta de mais de 25 milhões de passagens em 2024.
Desde 2023, o governo também anuncia que vai criar o programa “Voa Brasil”, que promete ofertar tíquetes a R$ 200. Haverá um limite para a quantidade de passagens que poderão ser compradas com esse valor.
Voa Brasil
O anúncio do programa Voa Brasil, que prevê passagens a R$ 200 para aposentados, pensionistas e estudantes, deve ficar para depois do Carnaval. O Ministro de Portos e Aeroportos Silvio Costa Filho disse a jornalistas, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que a previsão de lançamento, que era para o dia 5 de fevereiro, ficou só para depois dos festejos. A mudança teria ocorrido devido a problemas de agenda.
O projeto vem sendo elaborado desde o ano passado, quando o ministério ainda estava sob o comando de Marcio França. Com a troca de comando na pasta de Portos e Aeroportos, o lançamento do Voa Brasil foi adiado diversas vezes para ampliação do projeto. Inicialmente, a pedido do presidente Lula a ideia era incluir, além das passagens aéreas mais baratas, outras vantagens voltadas ao turismo. Costa Filho havia dito que a expansão iria abarcar também viagens internacionais.
Pelo programa, o governo quer gerenciar as passagens ociosas das companhias aéreas, sobretudo dos voos fora da alta temporada.