Sexta-feira, 29 de março de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Esporte GP Bento Gonçalves: uma história escrita por cavalos vitoriosos, sejam brasileiros ou visitantes ilustres

Compartilhe esta notícia:

Cavalo Whoopee Maker, conduzido pelo jóquei Vagner Borges, venceu o Grande Prêmio Bento Gonçalves de 2014. (Foto: Banco de Dados/O Sul)

Por Newton Domingues Kalil*
Ex-presidente do Jockey Club do RS (gestão 1990-1991)

“Na sua mais que centenária história, o GP Bento Gonçalves foi sempre corrido em pista de areia, mas realizado em quatro campos de corrida diferentes. A primeira edição da prova se deu no Prado Riograndense, localizado na Av. Getúlio Vargas, bairro Menino Deus e, quando desativado, deu lugar à Exposição Agropecuária (futura Expointer) e era localizado exatamente onde estão hoje a Secretaria da Agricultura do Estado e o CETE.

A partir de 1910 até 1959, o Bento foi realizado ininterruptamente no Hipódromo do Moinhos de Vento, com seus portões de acesso na Av. 24 de Outubro, onde hoje está o Parcão. O vencedor da sua última corrida foi o lendário Estensoro, filho dos franceses Estoc e Perfídia, criação e propriedade do Haras do Arado, sendo seu jóquei o genial Antônio Ricardo que viria a ser pai do campeoníssimo Jorge Ricardo.

Inaugurado o Hipódromo do Cristal em meados de 1959, com muita pompa, o local recebeu grande público para ver seu primeiro GP Bento Gonçalves no dia 6 de dezembro, em uma tarde de chuva e com pista encharcada, vibrando com a fácil vitória por dez corpos de diferença do segundo lugar proporcionada pelo argentino Chaval, filho do inglês Tudor Castle (na argentina Damsel), sendo seu proprietário gaúcho o Stud Favorito e, principalmente, em razão do carisma de Antônio Ricardo, novamente o jóquei vitorioso.

A partir de então até esta 107ª edição, nossa prova maior sempre manteve o status de importância, mesmo nas épocas mais difíceis, notadamente os anos 1990 do século passado, sendo que constam nos seus anais vitórias de 31 cavalos argentinos, 12 uruguaios, três franceses e dois ingleses, sendo que os animais brasileiros somam quase 60 vitórias e há 15 anos nossos cavalos sempre foram vitoriosos.

Mesmo que seja permitida a presença de animais do mesmo sexo, o Cristal só viu uma égua vencedora, no ano de 1968, a tordilha Corejada, filha do francês Elpenor na famosa Estupenda que fora segunda colocada no Bento de 1962 para o campeão argentino Vizcaino. Vale referir que o mesmo Elpenor foi pai de El Asteróide, o único animal a vencer quatro vezes o Bento para valer três (1964/65/66), pois no ano de 1966 a primeira prova foi anulada e teve de ser corrida novamente. Outros dois animais criados no Estado também venceram três vezes a prova, Zirbo (Egoísmo em Lereia) e Hiper Gênio (Viziane em Scottish Queen).

Estas curiosidades aguçam a imaginação e a lembrança dos que viveram e vivem este belo e movimentado balé proporcionado pela evolução dos animais na pista e permitem imaginar o que pode acontecer no sábado (10) na hora em que os 12 concorrentes ao Bento 2015 largarem para a disputa dos 2.400m da prova.”

* O ex-presidente do JCRGS foi convidado a escrever o artigo acerca do GP Bento Gonçalves 2015 pela reportagem de O Sul.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Esporte

13º Circuito Sesc Triathlon 2017
O Inter continua de olho no mercado para encorpar o seu elenco e repor possíveis saídas de jogadores
https://www.osul.com.br/gp-bento-goncalves-uma-historia-escrita-por-cavalos-vitoriosos-sejam-brasileiros-ou-visitantes-ilustres/ GP Bento Gonçalves: uma história escrita por cavalos vitoriosos, sejam brasileiros ou visitantes ilustres 2015-10-07
Deixe seu comentário
Pode te interessar