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Geral Grupo da Lava-Jato na Procuradoria-Geral da República pede demissão após aliada de Augusto Aras buscar dados da operação em Curitiba

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Operação vem sendo contestada pelo procurador-geral Augusto Aras. (Foto: Antonio Augusto/Secom/PGR)

Procuradores que integram o núcleo da Operação Lava-Jato na PGR (Procuradoria-Geral da República) pediram demissão nesta sexta-feira (26), por divergências com a gestão Augusto Aras e sua aliada, a subprocuradora-geral Lindôra de Araújo. O fato que precipitou a saída foi uma suposta ‘diligência’ feita por Lindôra na sede do Ministério Público Federal em Curitiba, nesta semana, segundo acusou a força-tarefa da Lava-Jato.

Pediram demissão os procuradores Hebert Reis Mesquita, Luana Vargas de Macedo e Victor Riccely. O grupo era responsável pela condução de inquéritos envolvendo políticos com foro privilegiado no Supremo, além de atuar em habeas corpus movidos na Corte em favor dos investigados e a negociação de delações premiadas. Um deles, Hebert, atuava no inquérito que apura interferência do presidente Jair Bolsonaro na PF (Polícia Federal).

Mais cedo, a força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba enviou ofício a Aras e à corregedoria da PGR acusando a subprocuradora Lindôra, braço-direito de Aras, de ir à sede do Ministério Público Federal do Paraná para consultar arquivos que originaram a Lava-Jato, em 2014. No documento, os procuradores alegam ‘estranhamento’ gerado pela ‘busca informal’ de dados e o uso do nome da corregedoria do MPF.

O ofício presta ‘informações sobre reuniões e atos realizados pela excelentíssima subprocuradora-geral da República Lindôra Maria Araújo’, nos dias 24 e 25 deste mês, ‘em que se buscou acesso a informações, procedimentos e bases de dados desta força-tarefa em diligência efetuada sem prestar informações sobre a existência de um procedimento instaurado, formalização ou escopo definido’.

Apesar de Lindôra negar que tenha pedido compartilhamento informal de dados, houve grande mal-estar após o relato da Força Tarefa da Lava-Jato em Curitiba. Mesmo procuradores que não atuam na área criminal, ouvidos pela reportagem reservadamente, falaram em quebra de confiança.

Um dos eventos que causaram desconforto dentro da PGR foi a retomada das negociações para um acordo de colaboração premiada com Tacla Duran, advogado alvo da Lava Jato foragido da justiça. Duran acusa o advogado Carlos Zucolotto, que foi padrinho de casamento de Sérgio Moro e sócio da esposa do ex-ministro, de pagar propina para obter vantagens em um acordo de delação premiada que terminou não se concretizando.

Hebert e Luana já haviam feito parte do grupo de trabalho da Lava Jato na gestão Raquel Dodge e também entregaram os cargos por discordâncias com a então procuradora-geral. Interlocutores de Aras dizem que a saída dos três procuradores do grupo coordenado por Lindôra já estava prevista independentemente do episódio do Paraná.

Permanecerá atuando com Lindôra o procurador da República Galtienio da Cruz Paulino, que era do grupo de atuação no Superior Tribunal de Justiça.

Segundo a PGR, como coordenadora da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ), a subprocuradora-geral Lindôra Araújo realizou visita de trabalho à força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba. “Desde o início das investigações, há um intercâmbio de informações entre a PGR e as forças-tarefas nos estados, que atuam de forma colaborativa e com base no diálogo.”

A visita, conforme a PGR, não foi de surpresa, mas previamente agendada, há cerca de um mês, com o coordenador da força-tarefa de Curitiba – que, inclusive, solicitou que a PGR esperasse seu retorno das férias, o que foi feito.

Não houve inspeção, mas uma visita de trabalho que visava à obtenção de informações globais sobre o atual estágio das investigações e o acervo da força-tarefa, para solucionar eventuais passivos. Um dos papéis dos órgãos superiores do Ministério Público Federal é o de organizar as forças de trabalho”, diz a PGR. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

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