Quarta-feira, 07 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 8 de junho de 2017
Senado Federal nesta quinta-feira, representantes dos frigoríficos JBS, Marfrig e Swift Armour foram questionados sobre a dívida previdenciária pelos senadores que compõem o colegiado.
O gerente jurídico da JBS Fabio Chilo concentrou as atenções e os questionamentos mais duros dos parlamentares presentes. Os representantes das companhias terão até a próxima segunda-feira para responder as questões feitas pelos membros da CPI. Os representantes dos frigoríficos Margen e Nicolini, que não compareceram, serão convocados novamente.
Os representantes da JBS e da Marfrig, empresas consideradas as maiores devedoras da Previdência Social, tentaram emplacar a tese da compensação de ofício, que é o repasse feito pela Receita aos contribuintes, e em homologar créditos, para alegar que não figuram entre os principais devedores, mas sim entre os maiores credores do país.
Ao ser questionado sobre a alegação da Receita Federal de que a JBS teria uma dívida de R$ 2,4 bilhões com o INSS, o executivo da companhia negou as acusações. Em outro momento, ele afirmou não ter autoridade para contestar o suposto uso de um jato do empresário Joesley Batista pelo presidente Michel Temer e as suspeitas de ganhos do frigorífico no mercado de câmbio antes da divulgação das delações.
Segundo Chilo, a JBS tem R$ 1,5 bilhão em créditos a receber, já homologados na Receita Federal, o que, em sua avaliação, poderia ser usado pelo Fisco para fazer a compensação de ofício da dívida previdenciária, por meio do abatimento dos créditos tributários.