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Geral Grupos de extrema direita dos Estados Unidos se fragmentam após a invasão do Capitólio

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A invasão do Capitólio nos Estados Unidos foi no dia 6 de janeiro. (Foto: Reprodução/YouTube)

Apenas oito semanas após a invasão do Capitólio nos Estados Unidos, alguns dos grupos mais importantes que participaram dela estão se fragmentando em meio a uma enxurrada de calúnias e acusações. As consequências vão determinar o futuro de algumas das organizações de extrema direita mais conhecidas e aumentar a preocupação quanto aos grupos dissidentes que podem tornar o movimento ainda mais perigoso.

“Este grupo precisa de uma nova liderança e uma nova direção”, anunciou recentemente a divisão de St. Louis dos Proud Boys no serviço de mensagens criptografadas Telegram, ecoando denúncias de pelo menos seis outras divisões também rompendo com a organização nacional. “A fama que alcançamos não valeu a pena.”

Divergências semelhantes surgiram no Oath Keepers, um grupo paramilitar que recruta ex-militares, e no Groyper Army, uma organização nacionalista branca focada em campi universitários e que defende a falsa alegação de que Donald Trump venceu a eleição presidencial de 2020.

A reviravolta é motivada em parte pelo grande número de prisões após a invasão do Capitólio e a subsequente repressão a alguns grupos pela aplicação da lei. À medida que alguns integrantes da extrema direita abandonam grupos mais conhecidos e os atacam por conta própria, isso pode tornar ainda mais difícil rastrear extremistas que se tornaram mais encorajados a realizar ataques violentos.

“O que você está vendo agora é uma fase de reagrupamento”, disse Devin Burghart, que dirige o Instituto de Pesquisa e Educação em Direitos Humanos, um centro com sede em Seattle que monitora movimentos de extrema direita. “Eles estão tentando reavaliar seus pontos fortes, tentando encontrar novos soldados rasos e tentando se preparar para o próximo conflito.”

Os principais líderes do Groyper, Nick Fuentes e Patrick Casey, estiveram em uma acirrada discussão pública nas semanas seguintes à invasão do Capitólio. Casey acusou Fuentes de colocar apoiadores em risco de prisão ao seguir com as atividades que atraem atenção pública. Fuentes escreveu no Telegram: “Não é fácil, mas é importante continuar avançando agora mais do que nunca”.

Entre os que fazem parte dos Proud Boys, um clube de luta de extrema direita que afirma defender os valores da civilização ocidental, as recriminações foram agravadas por revelações de que Enrique Tarrio, o líder da organização, já trabalhou como informante para a aplicação da lei. Apesar das negações de Tarrio, a notícia colocou o futuro da organização em questão.

“Rejeitamos e repudiamos o informante federal comprovado, Enrique Tarrio, e toda e qualquer divisão que escolher se associar a ele”, anunciou a divisão do Alabama dos Proud Boys no Telegram, repetindo a mesma mensagem de outras divisões do grupo.

O diretor do FBI, Christopher A. Wray, defendeu na terça-feira, 2, a forma como o órgão lidou com as informações alarmantes que levaram ao ataque ao Capitólio. De acordo com Wray, já havia um alerta sobre crescentes ameaças, como a onda de ameaças de terrorismo doméstico – cujo número de casos praticamente dobrou em relação ao ano passado.

“Aumentamos significativamente o número de investigações e prisões”, disse Wray ao Comitê Judiciário do Senado, seu primeiro depoimento desde o motim envolvendo partidários do presidente Donald Trump. O diretor do FBI testemunhou em setembro que o número desses casos era de cerca de 1.000. No final de 2020, havia cerca de 1.400 casos desse tipo e, depois de 6 de janeiro, o número aumentou novamente.

Após o que aconteceu no Capitólio, acusações a respeito de informantes e agentes secretos têm sido mais apontadas dentro dos grupos. “Os traidores estão por toda parte, em toda parte”, escreveu um participante de um canal de extrema direita do Telegram.

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