Domingo, 04 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 1 de março de 2024
Hackers roubaram “informações confidenciais” da maior empresa de telecomunicações de Taiwan, contendo documentos militares e governamentais, disse o Ministério da Defesa Nacional do território. O ministério confirmou, assim, a informação da rede de televisão local TVBS sobre um ataque cibernético à empresa Chunghwa Telecom.
Segundo a TV, os autores do roubo publicaram um anúncio para vender “1,7 terabytes de dados da Chunghwa Telecom” que inclui contratos governamentais.
“A análise inicial do caso é que os hackers obtiveram informações confidenciais da Chunghwa Telecom e as venderam na dark web, incluindo documentos das Forças Armadas, do Ministério das Relações Exteriores, da Guarda Costeira e de outras unidades”, afirmou o Departamento de Defesa, em comunicado nessa sexta-feira (1°).
Especialistas na área apontam que Taiwan é um dos principais alvos de ataques cibernéticos no mundo. Alguns salientam que os métodos utilizados muitas vezes trazem o selo de grupos patrocinados pela China.
Pequim considera a ilha como parte do seu território e nunca renunciou ao uso da força para assumi-la.
Nem o comunicado ministerial nem o noticiário televisivo TVBS identificaram os autores do roubo ou a sua origem.
A empresa Chunghwa informou à Bolsa de Valores de Taiwan que “realizou investigações para esclarecer a causa do incidente”.
“Atualmente, não há impacto significativo nas operações da empresa”, acrescentou.
Espionagem
Em outra frente, a Microsoft alertou que hackers da Rússia, China e Irã tem usado o ChatGPT e outras ferramentas da OpenIA para aprimorar suas habilidades de espionagem e invasão. O relatório foi publicado no mês passado.
Segundo a empresa de Redmond, os hackers têm usado grandes modelos de linguagem para gerar respostas que parecem humanas. Comentando o assunto, Tom Burt, vice-presidente de segurança da Microsoft, disse à Reuters que a empresa deve combater esses grupos.
“Independentemente de haver alguma violação da lei ou qualquer violação dos termos de serviço, simplesmente não queremos que os atores que identificamos – que rastreamos e sabemos que são atores de ameaças de vários tipos – não queremos que eles tenham acesso a essa tecnologia”.
Os grupos de hackers apontados no relatório têm ligações com a inteligência militar russa, com a Guarda Revolucionária do Irã e com os governos da China e da Coreia do Norte. Esses grupos estão empenhados em aprimorar suas campanhas de hacking ao utilizar grandes modelos de linguagem, um tipo de programa de computador comumente conhecido como inteligência artificial, que gera respostas similares às humanas a partir de uma grande quantidade de texto. As informações são da agência de notícias AFP.