Sexta-feira, 02 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 24 de abril de 2019
Uma nova teoria conspiratória contra o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, passou a integrar as elucubrações de Carlos Bolsonaro, o filho “pitbull” do presidente Jair Bolsonaro: Mourão estaria negociando cargos em seu futuro governo com deputados para montar uma base própria no Congresso contra Jair Bolsonaro.
Seria, segundo essa teoria, a mesma articulação do vice-presidente Michel Temer (MDB) para obter o apoio do Congresso ao impeachment da então mandatária do Planalto, Dilma Rousseff. Por esta teoria, o grande articulador do movimento agora é o ex-deputado Levy Fidelix, presidente nacional do PRTB, o partido do general. As informações são do portal UOL.
Carlos Bolsonaro postou nas suas redes sociais mais um petardo contra o desafeto do Palácio do Jaburu. Ele retuitou um vídeo do Vista Pátria com o seguinte comentário: “Curiosa opinião dos organizadores do canal do Youtube ‘Vista Pátria’ sobre ocorrido hoje. Assista sua colocação”. No vídeo, o apresentador do canal, Allan Frutuozo, afirma que o “PRTB, partido de Levy Fidelix e Mourão, monta uma base de apoio na Câmara dos Deputados, criando um racha na base governista”.
Ele diz que Mourão já tem o apoio dos militares e da Maçonaria e pergunta “o que Levy Fidelix está negociando”. Lembra que “o último vice-presidente que procurou negociar apoio no Congresso foi Michel Temer.
Ponto final
Em uma tentativa de amenizar a troca de farpas públicas pelas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que quer colocar “um ponto final” na “pretensa discussão” entre o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, e o vereador do Rio Carlos Bolsonaro.
“De uma vez por todas o presidente gostaria de deixar claro o seguinte: quanto a seus filhos, em particular o Carlos, o presidente enfatiza que ele sempre estará a seu lado. O filho foi um dos grandes responsáveis pela vitória nas urnas, contra tudo e contra todos”, afirmou o general Otávio do Rêgo Barros, porta-voz da Presidência, na terça-feira (23).
Ao falar sobre Carlos, segundo Rêgo Barros, o presidente disse que ele “é sangue do meu sangue”. Bolsonaro fez um afago a Mourão dizendo que ele é o subcomandante do governo e que topou o desafio das eleições, acrescentando que o vice tem dele “consideração e apreço”.
Sem citar o nome do guru da direita e escritor Olavo de Carvalho, o porta-voz disse que o presidente ressaltou “de forma genérica” que quaisquer outras influências de contribuições com o governo para mudanças no Brasil “serão muito bem-vindas”.