Sábado, 18 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de novembro de 2015
O juiz federal Sérgio Moro, que atua nos processos da Operação Lava -Jato, condenou um dos herdeiros da Mendes Júnior, Sérgio Cunha Mendes, a 19 anos e 4 meses de prisão. É a pena mais alta para um executivo envolvido no esquema de corrupção da Petrobras estabelecida até agora e a terceira mais elevada entre todos já julgados pela Lava-Jato.
Só um ex-diretor da Petrobras (Renato Duque, condenado a 20 anos e oito meses de prisão) e um político (Pedro Corrêa, 20 anos e sete meses) receberam condenações maiores. A pena foi de 19 anos porque o juiz considerou que ele participou de três atos de corrupção ao assinar três contratos com a estatal nos quais teria havido propina. A empreiteira foi condenada a pagar uma multa de 31,5 milhões de reais, o mesmo valor da propina que a companhia pagou à diretoria de Abastecimento da Petrobras, ainda de acordo com o juiz. O executivo foi condenado por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Mendes foi vice-presidente da empreiteira da sua família até ser preso, em novembro de 2014.
Solto em 29 de abril por decisão do Supremo Tribunal Federal, ele estava em prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica. Agora, poderá recorrer em liberdade. Para o seu advogado Marcelo Leonardo, a condenação “é injusta e desproporcional”.