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Esporte Hipismo não se resume apenas a saltos em concursos, há projetos e personagens muito além do lugar mais alto do pódio

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A grega Athina Onassis (E, na foto), neta do armador grego Aristóteles Onassis, já esteve no The Best Jump em Porto Alegre no passado. Ao lado, o cavaleiro e marido dela Doda Miranda. (Foto: Jefferson Bernardes/AFP)

Com a proximidade da edição 47 do The Best Jump – CSI 4* – W (Concurso de Salto Internacional Cidade de Porto Alegre), que será realizado de 22 a 25 de outubro na Sociedade Hípica da Capital, o hipismo volta ao centro das atenções. Até Athina Onassis – neta do armador grego Aristóteles Onassis – já prestigiou a competição em solo gaúcho em edições passadas.

Projeto Cavalo Amigo

Mas esse esporte não se resume apenas a competições de salto. Há projetos e personagens que cresceram e fazem a diferença tendo o auxílio de cavalos. O Centro de Equoterapia Cavalo Amigo da Sociedade Hípica Porto Alegrense, que completa 15 anos e segue ajudando muitas pessoas, é um exemplo. Foram feitos cerca de 1.500 atendimentos até agora. Crianças e adolescentes de baixa renda têm a chance de receber atendimento completo da equipe envolvida no projeto. Equoterapia, equitação lúdica, equitação pré-esportiva e a psicoterapia a cavalo são algumas opções.

Centro de Equoterapia Cavalo Amigo da Sociedade Hípica Porto Alegrense existe há 15 anos. (Foto: Fernanda Vargas/Site Centro de Equoterapia Cavalo Amigo/Divulgação)

Centro de Equoterapia Cavalo Amigo da Sociedade Hípica Porto Alegrense existe há 15 anos. Muitas crianças e adultos especiais foram ajudados por esse projeto. (Foto: Fernanda Vargas/Site do Centro de Equoterapia Cavalo Amigo/Divulgação)

O projeto estava precisando de recursos em 2015 e voluntários se uniram para um coquetel solidário em setembro para angariar dinheiro e poderem manter as atividades. Vale a pena conferir os detalhes dessa bela iniciativa que ajuda crianças e adultos especiais. Confira o link: www.cavaloamigo.com.br.

Um grande campeão na Sociedade Hípica Paulista

O paulista Claudio Aleoni Arruda, o Claudinho, portador de síndrome de Down, é um modelo de superação e de como o hipismo ajuda na inclusão social. Começou a montar na fazenda do avô em Minas Gerais. Aos 15 anos, entrou para a Escola de Equitação da Sociedade Hípica Paulista. Não foram poucos os títulos conquistados no salto pelo amante do hipismo. Mesmo que agora ele não salte mais, segue na rotina de adestramento e equitação de trabalho. Confira a entrevista que O Sul fez, por e-mail, com Claudinho.

O paulista Claudio Aleoni Arruda, o Claudinho (foto) é um modelo de sucesso na Sociedade Hípica Paulista. (Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação)

O paulista Claudio Aleoni Arruda, o Claudinho (foto) é um modelo de sucesso na Sociedade Hípica Paulista. Foi um grande campeão de saltos e agora ensina quem precisa no Pônei Clube do Brasil. (Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação)

O Sul – Desde que idade você pratica o hipismo e porque escolheu esse esporte?

Claudio Aleoni Arruda – Eu entrei na Escola de Equitação da Sociedade Hípica Paulista com 15 anos, mas foi na fazenda do meu avô que aprendi a montar e tocar gado com meu pai. Escolhi o hipismo primeiro porque eu amo os animais, cavalo é minha paixão, e o hipismo pode ajudar pessoas em geral.

O Sul – Como o cavalo auxilia quem tem alguma necessidade especial?

Claudio Aleoni Arruda – O cavalo ajuda em tudo, na vida das pessoas com deficiência, ajuda no equilíbrio, postura, coordenação motora e na autoestima da pessoa.

O Sul – Sua ligação com o hipismo e o com animal é muito grande?

Claudio Aleoni Arruda – Sim, é muito grande e eu amo os meus cavalos.

O Sul – O que você diria sobre o hipismo para quem está passando por algum problema de saúde ou tem alguma necessidade especial? Como o esporte pode ajudar na recuperação?

Claudio Aleoni Arruda – O hipismo é importante para recuperar o equilíbrio, desenvolver mais estímulos para a pessoa com deficiência e faz a pessoa se sentir muito bem.

O Sul – Com que frequência você pratica o hipismo atualmente?

Claudio Aleoni Arruda – Eu pratico três dias na semana. Faço o adestramento e a equitação de trabalho. Eu encerrei minha carreira para saltos.

O Sul – Qual a maior dificuldade quando pratica o hipismo?

Claudio Aleoni Arruda – Não tenho nenhuma dificuldade. Eu monto desde os cinco anos de idade. Eu decoro as pistas na minha memória. Já sou campeão de adestramento na Escola de Equitação, onde concorro com pessoas sem deficiência.

O Sul – Pretende trabalhar no futuro com o hipismo ou apenas praticar?

Claudio Aleoni Arruda – Eu trabalho há quatro anos com carteira assinada no Pônei Clube do Brasil na Sociedade Hípica Paulista, aqui em São Paulo. Em agosto de 2011, fui contratado por meus méritos e minhas qualidades e sem lei de cotas, sem nada. No Pônei Clube do Brasil, sou assistente de equitação para crianças de dois a 12 anos. Ensino as crianças a montar nos pôneis, dou exemplo para todos um dia serem um campeão como eu. Ensino, porém cabe a elas lidar com os animais. Elas me adoram! Eu sou palestrante. Dou palestras motivadoras contando a inclusão pelo esporte.

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