Segunda-feira, 05 de maio de 2025

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Colunistas Histórias de Nasrudin

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(Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Nasrudin, o mestre que se faz de louco, o sábio que finge ser tolo, o personagem central de grande parte dos ensinamentos sufis, é de novo tema desta coluna.

É melhor prevenir

O mullah Nasrudin chamou o seu aluno preferido:

– Vá pegar água no poço.

O menino preparou-se para fazer o que lhe fora pedido. Antes de partir, entretanto, levou um cascudo.

– E não entre em contacto com jogadores e pessoas vaidosas, senão terminará ofendendo a Deus!

– Ainda nem saí de casa, e já recebi um cascudo! O senhor está me castigando por algo que não fiz!

– Com as coisas importantes na vida, não se pode ser tolerante – disse Nasrudin. – De que adiantaria castigá-lo depois que já tivesse perdido sua alma?

A tarefa mais difícil

Um dos rapazes que estudava com Nasrudin, quis saber:

– Qual é o maior de todos os homens: aquele que conquistou um império? Aquele que teve todas as possibilidades de fazer isto, mas renunciou ao desejo? Ou aquele que impediu que outro o fizesse?

– Não tenho a menor ideia – respondeu o sábio sufi. – Mas conheço uma tarefa muito mais difícil que as que acabam de citar.

– E qual é?

– Impedi-los de ficar analisando o que os outros fizeram, e tentar ensinar a se preocuparem com aquilo que vocês mesmos podem fazer.

Quando dar e quando receber

Nasrudin passeava pelo mercado, quando um homem se aproximou.

– Sei que és um grande mestre sufi – disse. – Hoje de manhã, meu filho me pediu dinheiro para comprar uma vaca; devo ajudá-lo?

– Esta não é uma situação de emergência. Então, aguarde mais uma semana antes de atender o seu filho.

– Mas tenho condições de ajudá-lo agora; que diferença fará esperar uma semana?

– Uma diferença muito grande – respondeu Nasrudin. – A minha experiência mostra que as pessoas só dão valor a algo, quando tem a oportunidade de duvidar se irão ou não conseguir o que desejam.

O peixe que salvou a vida

Nasrudin passou diante de uma gruta, viu um yogue meditando, e perguntou o que ele procurava em sua busca espiritual.

– Contemplo os animais, e aprendi deles muitas lições que podem transformar a vida de um homem.

– Pois um peixe já salvou minha vida.

O yogue ficou espantado; só um santo pode ter a vida salva por um peixe! Perguntou como tal milagre tinha acontecido, mas Nasrudin quis antes aprender tudo o que o yogue sabia.

O yogue, convencido que estava diante de um grande sábio, ensinou o que aprendera durante todos aqueles anos. No final, implorou:

– Agora que o senhor conhece tudo a vida me ensinou, gostaria que me contasse como um peixe salvou sua vida.

– É simples – respondeu Nasrudin. – Eu estava quase morrendo de fome quando o pesquei, e graças a ele pude sobreviver três dias.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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