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Por Redação O Sul | 7 de março de 2020
Portos de Holanda, Bélgica e Espanha seriam os principais destinos da cocaína brasileira apreendida nos portos nacionais em 2019.
Segundo dados da Polícia Federal, foram 33 apreensões com destino à Holanda, totalizando 15 toneladas; 31 que iriam para a Bélgica, com 13 toneladas; e 11 ocorrências estavam rumo à Espanha, com 4 toneladas.
A Polícia Federal ainda compilou e segmentou por país de destino todas as apreensões de cocaína feitas em portos brasileiros no ano passado. Além dos países já citados, também constam como destino, a Itália, Alemanha, Portugal, França, Polônia, Gana, Arábia Saudita e Singapura.
Outras 22 ocorrências foram registradas, somando mais de 10 toneladas, mas sem identificação de destino. (Com informações de Guilherme Amado)
Apreensões de cocaína
No ano passado, a Receita Federal registrou um recorde de apreensão de cocaína em portos brasileiros nos dez primeiros meses do ano. Um número 50% maior do que o realizado em 2018.
A maior parte foi encontrada nos Portos de Santos, Paranaguá, Natal e Itajaí.
Segundo as investigações, dentro dos portos, trabalhadores subornados pelos traficantes rompem os lacres e escondem a droga nos contêineres, sem o conhecimento das empresas exportadoras.
Para a Receita Federal, o recorde nas apreensões tem a ver com o aumento da produção de cocaína nos países andinos, principal origem da droga, e também com o treinamento dos agentes que estão preparados para identificar os carregamentos. Nessa guerra contra o tráfico internacional, tecnologia e troca de informações viraram armas estratégicas.
A maioria dos portos tem aparelhos de raio-x que identificam cargas suspeitas ainda dentro dos contêineres.
Produtor de cocaína
A Colômbia continua sendo a maior produtora mundial de cocaína desde que registrou um aumento histórico de plantações de coca e sua capacidade de produção em 2016, segundo a ONU. Peru e Bolívia apareceram em seguida como maiores produtores, de acordo com o levantamento.
O cultivo ilícito de folha de coca cresceu 17% para 171.000 hectares, enquanto o potencial de produção de cocaína aumentou 31% em relação a 2016, para 1.379 toneladas, um recorde desde que essas medições foram feitas em 2001, informou o UNODC em seu relatório anual divulgado em Bogotá.
Na época, o estudo “mostrou que os mercados de drogas estavam expandindo, com a produção de cocaína e ópio atingindo recordes absolutos, apresentando múltiplos desafios em múltiplas frentes”, disse o diretor executivo do UNODC, Yury Fedotov.