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Cinema Hollywood mostra que tem um novo vilão: o assédio sexual

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(Foto: Reprodução)

Uma das séries de ficção mais bem-sucedidas da internet desde que começou a ser exibida, em fevereiro de 2013, “House of cards” corre o risco de ser encerrada abruptamente. Segundo um informe divulgado ontem pela produtora MRC (Media Rights Capital) e pela plataforma digital Netflix, as gravações da sexta temporada da história do presidente dos EUA (e pilantra) Frank Underwood estão suspensas até segunda ordem. E ela pode não vir tão cedo, considerando que, desde o último domingo, o protagonista, Kevin Spacey, de 58 anos, está envolvido numa denúncia de assédio sexual, o mais recente inimigo número 1 da indústria americana de entretenimento.

O caso ganha muitos desdobramentos. O ator Anthony Rapp (da série “Star Trek: Discovery”) revelou, em entrevista ao site BuzzFeed.com, ter sido assediado por Spacey. Curioso é que o fato não teria acontecido recentemente, mas na década de 1980. Na época, Rapp era um adolescente de 14 anos, e Spacey já estava com 26, caracterizando o evento também como atentado a um menor de idade. O acusador, a propósito, ressaltou que conseguiu escapar ileso das investidas.

Na segunda-feira, o intérprete de Frank Underwood imediatamente veio a público para dizer que não se lembra de nada do que foi relatado por Rapp, pois tudo teria acontecido “há mais de 30 anos” e que teria tido um “comportamento embriagado, profundamente inapropriado”. Mas, para aliviar a barra, fez questão de dizer que admira o colega de ofício, pediu desculpas via Twitter e, aproveitando a ocasião, revelou que é gay.

Foi essa história tão real quanto surpreendente que fez a MRC e a Netflix pedirem “um tempo para ver o que está acontecendo e lidar com qualquer preocupação do elenco e da equipe”. Todo cuidado é pouco.

É verdade que o assédio sexual — assim como suas variantes — sempre foi uma espécie de fantasma perambulando pelas alcovas secretas de Hollywood. Parecia uma prática real, infelizmente comum, mas tão incômoda que ninguém saía a público para dar a cara a tapa e apontar o dedo contra os tarados de plantão, sempre atacando a moral e os bons costumes.

Só que a principal preocupação não deve ser essa, até porque denúncias de tipo não costumam desestabilizar muita gente experiente durante uma produção desse porte. MRC e Netflix têm medo não do que aconteceu, ainda mais há tanto tempo, e sim das possíveis repercussões.

A Academia Internacional de Artes e Ciências Televisivas, responsável pelo prestigioso Emmy Internacional, anunciou que não dará mais um prêmio honorário a Kevin Spacey, tradicionalmente dedicado aos “indivíduos que atravessam barreiras culturais para tocar a Humanidade”.

Perder prêmios dói, mas o conceito de atravessar barreiras culturais não é tão elástico quando se trata do mundo do show business — que é mais business do que show… Por isso, o medo maior é que o caso venha a arranhar os negócios em torno da série. São números gigantes. Somente para ações de marketing da temporada atual, que já está totalmente disponível na internet desde o dia 30 de maio, a Netflix reserva nada menos que US$ 1 bilhão.

Para se ter uma ideia de quanto dinheiro “House of cards” movimenta, basta conferir também a remuneração que o próprio Kevin Spacey recebe para encarnar Frank Underwood. De acordo com o site “GoBankingRates”, especializado na vida financeira dos americanos mais ricos, o ator recebeu US$ 5 milhões em cada uma das duas primeiras temporadas, sempre com 13 episódios.

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