Terça-feira, 13 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 9 de julho de 2016
O lobista Lúcio Bolonha Funaro, apontado como operador de propinas do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pode perder os benefícios do acordo de delação premiada que fechou nos autos da Ação Penal 470, o processo do mensalão.
Pelos termos do pacto com a PGR (Procuradoria-Geral da República) firmado durante a investigação que levou à condenação quadros importantes do PT – entre eles o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu e José Genoino, ex-presidente do partido – Funaro se comprometeu a não praticar “outro crime doloso”.
O lobista foi preso no dia 1 deste mês na Operação Sépsis, sob suspeita de comandar com Eduardo Cunha ousado esquema de arrecadação de propinas de grandes empresas que, para executar projetos milionários, recorriam ao FI-FGTS (Fundo de Investimentos do FGTS), então sob comando do vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Fábio Cleto.
Em delação premiada, Cleto apontou pelo menos 12 operações em que recursos do FI-FGTS financiaram empreendimentos empresariais de grande porte, todas supostamente aprovadas com “aval” do parlamentar, entre 2011 e 2015. Segundo Cleto, Cunha recebia pelo menos 1% em propinas sobre o valor de cada contrato. (AE)