Por Redação O Sul | 30 de setembro de 2025
A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que a execução de um homem em frente a uma escola na Zona Sul de Porto Alegre, na manhã de terça-feira (29), tenha sido motivada por disputa territorial no âmbito do tráfico de drogas. Ele foi identificado como Adilson Cleoni Fernandes Leites, 43 anos, preso em flagrante por venda de entorpecentes, dois meses antes.
Conforme a perícia, ele foi atingido por ao menos dez tiros de pistola calibre 9 milímetros desferidos por um indivíduo até agora não identificado. O primeiro disparo teria sido efetuado na avenida Padre Cacique e os demais na rua Capivari (bairro Cristal), onde a vítima foi perseguida a pé e alcançada ao tentar fugir. O ataque final foi realizado diante de um bar em frente à Escola Municipal Loureiro da Silva, por volta das 9h.
O Instituto-Geral de Perícias (IGP) chegou ao nome de Adilson após exame de impressões digitais, já que ele não portava documentos ao ser morto. A apuração do caso está aos cuidados do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), que analisa depoimentos de testemunhas imagens de câmeras.
A vítima também possuía antecedentes por roubo. Na avaliação dos investigadores, sua ligação com uma facção criminosa do Vale do Sinos e com atividades na Zona Sul de Porto Alegre pode ter gerado retaliação por parte de rivais que atuam nessa região da capital gaúcha.
História que se repete
Além do indivíduo executado, ninguém mais se feriu. Mas o risco de impacto psicológico do episódio aos estudantes e a necessidade de isolamento da área para realização da perícia técnica motivaram a interrupção das aulas na Escola Loureiro do Silva pelo restante do dia.
Essa não foi a primeira vez em que a Secretaria Munincipal da Educação (Smed) determina o cancelamento de aulas na instituição devido a esse tipo de incidente. Na calçada do bar localizado em frente à instituição, um homem de 30 anos e tambem com antecedentes criminais foi assassinado com 40 tiros, na noite de 21 de março de 2017.
A Secretaria Municipal da Educação (Smed) se manifestou sobre o episódio, por meio de nota divulgada à imprensa, No texto, ressalta ter prestado suporte ao colégio através da Comissão Interna de Prevenção a Acidentes e Violência Escolar. Também frisou que:
“(…) A pasta buscou apoio junto às equipes da Secretaria Municipal de Segurança, que se deslocaram para o local e, através da Guarda Civil Metropolitana, prestou apoio aos funcionários da escola, ao deixarem o prédio. As aulas na unidade estão suspensas no dia de hoje.”
(Marcello Campos)
