Sábado, 04 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 27 de março de 2016
Após passar dois anos e quatro meses preso por engano no lugar de um primo homônimo acusado de homicídio, o faxineiro Francisco Magalhães de Souza finalmente pôde conhecer Brasília para além do Complexo Penitenciário da Papuda. Mas a vontade era retomar logo a vida em Paracatu (MG) e rever a mulher e a enteada, com quem perdeu o contato no período.
Souza diz não ter mágoa do parente, que ficou órfão na infância e foi adotado pelos seus pais. “Ele é primo, mas é a mesma coisa de irmão. Foi registrado pela minha mãe, para mim ele é meu irmão. Acho que não tem nada com ele, porque não foi ele quem planejou essa prisão para mim. Infelizmente temos o mesmo nome e sobrenome. O diferente é que ele é branco e eu sou preto e ele tem 52 anos e eu, 42. Mas não tenho nada contra ele.”
O advogado dele diz que vai pedir indenização de 3 milhões de reais ao Estado por tudo o que o cliente passou. “Se tivessem feito essa comparação há mais tempo, com certeza isso não tinha acontecido isso. E tem outro detalhe: se o Francisco que foi preso indevidamente tivesse cometido o crime de 1989, que lhe foi atribuído indevidamente, ele na época seria menor de idade. Ele não responderia por homicídio, mas por ato infracional.”