Por Redação O Sul | 10 de maio de 2016
Um homem que denunciou que Lázaro Báez – empresário argentino preso há 35 dias sob suspeita de lavagem de dinheiro e que obedecia ordens do ex-presidente Néstor Kirchner – foi encontrado morto nesta terça-feira (10) no banheiro de seu apartamento em Buenos Aires.
Horacio Quiroga, de 65 anos, foi presidente de duas empresas petroleiras de Báez e, em 2013, afirmou que seu chefe “recebia indicações e ordens de Néstor Kirchner [morto em 2010]”.
O corpo do executivo foi encontrado por seu filho de 10 anos, que chamou a polícia. Ainda não se sabe o motivo da morte, mas se estuda a possibilidade de ele ter caído e batido a cabeça, já que sofreu um traumatismo craniano.
Em uma entrevista em 2013, Quiroga havia dito que Néstor enviava dólares em espécie às empresas de petróleo. “Era dinheiro que Kirchner mandou para Lázaro Báez. Uns US$ 7 milhões. Contaram tudo em cima da mesa.”
Pouco antes de a entrevista ser publicada, o executivo foi desalojado do apartamento em que morava, cujo aluguel era pago pela empresa, e rompeu com Báez.
As companhias de Báez estão entre as que mais venceram licitações durante o kirchnerismo (2003-2015). O empresário era um dos melhores amigos de Néstor, tendo sido responsável pela construção do mausoléu onde o ex-presidente foi enterrado.
No início deste ano, um vídeo em que um dos filhos de Báez aparece contanto milhares de dólares em uma financeira vazou para a imprensa e fez com que a Justiça retomasse investigações sobre o patrimônio do empresário. (Folhapress)
