Sábado, 03 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 2 de maio de 2025
Julgamento realizado nesta semana na cidade gaúcha de Catuípe (Região Noroeste do Estado) teve como desfecho a sentença de 46 anos de prisão, em regime fechado, a um acusado pela morte de uma criança e por três tentativas de homicídio. Resultado de disputas no âmbito do tráfico de drogas, o crime foi cometido em abril de 2023, durante ataque a tiros no interior de uma casa.
No processo do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) consta que, na tarde de 16 de abril daquele ano, um domingo, o homem chegou na carona de uma motocicleta até a resiência, já incumbido por uma facção de executar uma mulher que ali estava. Ele invadiu o local e disparou diversas vezes, de forma indiscriminada, atingindo cinco pessoas.
Um menino de 11 anos acabou baleado nas costas e não resistiu. Já a moradora que era alvo do atentado e outros três adultos, todos homens, sobreviveram aos ferimentos.
Os jurados acolheu a tese de homicídio e tentativa de homicídio, duplamente qualificados. Foram apontados como agravantes o motivo fútil e o uso de recurso que dificultou a defesa por parte das vítimas. Além disso, o atirador era reincidente, com três condenações anteriores pelo mesmo tipo de crime – no dia do ataque, ele estava foragido do presídio de Erechim (Norte gaúcho).
A autoria foi corroborada por imagens de câmeras de monitoramento em Catuípe, aliadas a investigações da Polícia Civil em colaboração com a Brigada Militar. O júri chegou a ter sua realização ameaçada por uma decisão da Justiça que determinou a impronúncia do réu (o que equivale ao arquivamento sem condenação), mas um recurso do MPRS aceito pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) restabeleceu a diretriz para que o acusado se sentasse no banco dos réus.
(Marcello Campos)
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