Domingo, 08 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 4 de outubro de 2021
Um morador da Flórida, nos Estados Unidos, que agrediu policiais com uma tábua de madeira e um extintor de incêndio durante a invasão do Capitólio, em 6 de janeiro, se confessou culpado das acusações de agressão nesta segunda-feira (4). O ataque deixou cinco mortos e causou US$ 1,5 milhão (R$ 7,6 milhões) em danos.
Robert Scott Palmer, 54 anos, é uma das 185 pessoas acusadas de agredir agentes de segurança ou impedir a ação da polícia quando uma multidão de apoiadores do então presidente Donald Trump invadiu o Capitólio em uma tentativa fracassada de impedir o Congresso de certificar a vitória eleitoral do democrata Joe Biden.
Horas antes, Trump havia discursado afirmando de forma falsa que havia perdido a votação por causa de uma fraude.
Palmer estava na “linha de frente” dos manifestantes que enfrentaram policiais durante o ataque, segundo os promotores. Vídeos e fotos publicados em redes sociais naquele dia mostram Palmer arremessando uma tábua de madeira contra policiais que protegiam a entrada do terraço inferior do Capitólio e, minutos depois, ele borrifou um extintor de incêndio nos agentes, até que ele esvaziasse. Depois, atirou o objeto nos policiais.
Palmer é uma das mais de 600 pessoas que enfrentam acusações relacionadas aos distúrbios de 6 de janeiro. Ele será sentenciado em 17 de dezembro e pode pegar no máximo 20 anos de prisão e ter que pagar multa de US$ 250 mil (R$ 1,3 milhão).
Invasão ilegal e conduta violenta
No início de setembro, o americano Jacob Chansley, uma das pessoas que invadiram o Capitólio em 6 de janeiro e que chamou atenção por aparecer sem camisa, com tatuagens e um traje com chifres de búfalo, declarou-se culpado por invasão ilegal e conduta violenta em um tribunal federal de Washington.
O homem, autoproclamado “xamã” e adepto das teorias da conspiração do QAnon, movimento nascido na internet que acredita que pedófilos satanistas controlam o Partido Democrata e as principais instituições dos EUA, foi preso poucos dias após a invasão do Congresso, sem direito à fiança.
Durante a prisão, Chansley passou por exames de saúde mental e foi diagnosticado com esquizofrenia transitória, transtorno bipolar, depressão e ansiedade.
Chansley arriscava pegar 20 anos de prisão e ter de pagar uma multa de US$ 250 mil, mas, com a admissão de culpa, sua pena deve ficar entre 41 e 51 meses de prisão, menos os oito que já passou atrás das grades, segundo a promotora Kimberly Paschall. As informações são do jornal O Globo e de agências internacionais de notícias.