Quinta-feira, 25 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 26 de março de 2019
O Hospital Universitário de Rio Grande foi incluído na lista de referências para interrupção de gravidez por estupro, no Rio Grande do Sul. O anúncio foi feito nesta terça-feira (26), durante o 2º Seminário Construindo Redes de Atenção à Saúde das Pessoas em Situação de Violência Sexual, alusivo ao Mês da Mulher. A instituição de saúde é a segunda no interior do Estado a prestar este tipo de atendimento. Ao todo, são sete locais especializados no RS.
Durante o evento, a especialista em Saúde da Mulher Gisleine Silva destacou que essa foi uma meta alcançada, pois amplia o número de serviços especializados para atenção integral às pessoas em situação de violência. “Nos casos previstos em lei, ampliamos procedimentos de interrupção da gravidez, de cinco para sete hospitais e também o percentual de municípios que notificam casos de violência sexual de 34% para 95%”, explica ela.
Na ocasião, também foram apresentados dados alarmantes no Estado. A técnica do Núcleo de Doenças e Agravos não Transmissíveis do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Márcia Fell, divulgou que meninas de 10 a 14 anos são as principais vítimas de violência sexual no Rio Grande do Sul. Ela ainda acrescentou que a maior parte dos casos ocorre nas residências.
Atendimento
Em casos de violência sexual aguda é importante se dirigir ao serviço de saúde em até 72 h, para que seja feita a profilaxia para a infecção pelo HIV. Após 72 h, deverão ser realizados exames de investigação de Infecções Sexualmente Transmissíveis ISTs/HIV. Existe também a anticoncepção de emergência. Todos os serviços de saúde devem estar preparados para oferecer respostas a essas demandas.