Domingo, 12 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 21 de julho de 2021
Você sabe o que é o papilomavírus humano? Este é o nome científico para o popularmente conhecido HPV, sua sigla em inglês. Um estudo realizado pelo Hospital Moinho dos Ventos, de Porto Alegre, informou que a maioria de lesões genitais em jovens de 16 a 25 anos está associada ao HPV.
O que é HPV?
O HPV é a infecção sexualmente transmissível (IST) mais recorrente no mundo inteiro. Quando evoluída, essa infecção causa o aparecimento de verrugas na região genital de homens e mulheres. Existem registros de mais de uma centena de tipos de HPV, sendo que alguns deles podem desencadear o aparecimento de câncer.
Como é transmitido o HPV?
O HPV é transmitido durante as relações sexuais. Por via vaginal e anal, durante o sexo oral ou pela masturbação no parceiro (a). Não há a necessidade de o sexo ter penetração para existir as chances de infecção. O contágio é feito quando a pele entra em contato direto com a mucosa que já se encontra infectada. Em partos também pode haver a chance de transmissão, mas esses são menos prováveis.
Sinais e sintomas do HPV
O vírus tem um comportamento silencioso, mas isso não impede que sua transmissão aconteça. O que significa que você pode já estar infectado e não saber e, além disso, infectar parceiros sexuais.
Em algumas situações, o sistema imunológico expulsa o HPV, antes mesmo que a pessoa infectada perceba qualquer sinal. Essa saída voluntária acontece dentro de um período de até dois anos depois da infecção. Mas, em outros casos, ele pode se alojar no corpo e provocar consequências mais sérias.
Os sintomas físicos demoram a aparecer, mas, em geral, o mais comum deles é o aparecimento de verrugas. Elas podem estar agrupadas ou isoladas, e algumas provocam coceira. Mas essas lesões, chamadas de condiloma acuminado, não têm necessariamente relação direta com um tumor.
HPV no homem
Em homens, o HPV apresenta verrugas minúsculas, que não podem ser vistas a olho nu, chamadas lesões subclínicas. São necessários exames para comprovar a presença das mesmas. Elas nascem na região genital (pênis, saco escrotal e/ou ânus) ou na boca, garganta e bochechas (parte interna), caso a transmissão ocorra por sexo oral.
HPV na mulher
O sinal mais comum do HPV em mulheres também são as verrugas na região genital (vagina, vulva e colo do útero), mas, nelas, as lesões são perceptíveis e incômodas. Apresentam coceira, vermelhidão e ardência. Boca, garganta e parte interna das bochechas podem apresentar sinais, pelo mesmo motivo dos homens, quando a transmissão é via sexo oral.
Como é feita a prevenção?
Para prevenir o surgimento do HPV, é fundamental o uso de preservativo durante as relações sexuais. Ele protege contra esta e outras infecções sexualmente transmissíveis. Mas a maneira mais eficaz de se proteger, atualmente, é tomando a vacina, e o Sistema Único de Saúde (SUS) a disponibiliza gratuitamente.
Quem pode tomar a vacina contra o HPV?
A vacina contra o HPV é direcionada a grupos específicos e mais suscetíveis ao aparecimento do vírus. No SUS, podem tomar: meninas de 9 a 14 anos; mulheres de 9 a 45 anos (que sejam imunossuprimidas); meninos de 11 a 14 anos; homens de 9 a 26 anos (que sejam imunossuprimidos).
Imunossuprimida é toda pessoa que tem a imunidade baixa devido a algum evento de saúde anterior, como é o caso de pessoas que vivem com HIV ou AIDS, pacientes em tratamento contra o câncer e transplantados.
Em clínicas particulares, não há a restrição da imunossupressão. Meninas e mulheres entre 9 e 45 anos e meninos e homens entre 9 e 26 anos podem tomar as dosagens necessárias.
Como dito anteriormente, o vírus do HPV se apresenta em mais de 100 formas diferentes, mas as vacinas existentes combatem apenas os tipos mais comuns:
1. Vacina bivalente: Protege contra os tipos 16 e 18, os maiores responsáveis pelo câncer de colo de útero.
2. Vacina quadrivalente: Protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 (disponível no SUS).
3. Vacina nonavalente: Protege contra os tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58.
A vacinação não é eficaz em casos nos quais a IST já esteja presente no corpo e ela só estará completa após a aplicação de duas ou três doses, dependendo da vacina e da idade de quem está se imunizando.
As vacinas contra o HPV são seguras e autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).