Domingo, 06 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 21 de setembro de 2015
O Parlamento húngaro aprovou nessa segunda-feira uma nova legislação, reforçando os poderes da polícia e do exército em relação aos imigrantes. Em determinadas circunstâncias, o exército poderá disparar contra os refugiados.
Apresentada pelo primeiro-ministro Viktor Orban, a nova legislação, que precisava de uma maioria de dois terços, foi aprovada por 151 votos contra 12 e contou com 27 abstenções. O texto confirma a possibilidade de destacar militares para as fronteiras e autoriza, em determinadas condições, que o exército e a polícia disparem contra os imigrantes, desde que os tiros não sejam mortais, como as balas de borracha. O exército é autorizado a fazer controle de identidade e a deter quem chega.
O dispositivo, que completa uma legislação anti-imigrantes, que entrou em vigor no dia 15, permite que a polícia faça buscas em qualquer residência privada, onde suspeite que se encontrem refugiados. As disposições aplicam-se nas zonas onde foi declarado o “estado de crise devido a uma imigração em massa”, medida estabelecida em seis departamentos limítrofes da Sérvia, Croácia, Eslovênia e Áustria.
Perigo
Em discurso, Orban considerou que a Europa foi inundada por imigrantes, um perigo, segundo ele, para o continente e o seu modo de vida. “Não podemos deixar entrar os que nos sobrecarregam.” Desde o início do ano, já passaram pela Hungria 225 mil imigrantes.