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Brasil Ibama rejeita relatório contra navio grego suspeito de derramar óleo antes da operação da Polícia Federal

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Relatório da empresa Hex Tecnologias Geoespaciais que baseia investigação da Polícia Federal sobre origem de manchas de óleo

Foto: Reprodução

O relatório que embasou a Operação Mácula, da PF (Polícia Federal), deflagrada em novembro contra navios suspeitos de derramar petróleo no litoral, já havia sido rejeitado pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente). O documento se baseava na localização de uma mancha, com aparência de óleo, e no rastreamento de navios que passaram por aquele ponto. Entretanto, para o Ibama, as provas eram frágeis.

O aspecto da mancha, a falta de dados com a localização, o satélite usado e a composição colorida para montar a imagem – elementos que trazem credibilidade a documentos técnicos como este – foram cruciais para que o estudo fosse rejeitado, disse Pedro Bignelli, coordenador-geral do Cenima (Centro Nacional de Monitoramento e Informações Ambientais), ligado ao Ibama.

A mesma declaração foi dada a deputados nesta terça-feira (17), durante um depoimento a deputados na CPI (Comissão Parlamentar do Inquérito) do Óleo, que investiga o desastre ambiental na Câmara.

Estudo da HEX

Segundo Bignelli, a empresa HEX Tecnologia, responsável pelo relatório, havia feito um estudo em que apontava uma mancha com aparência de óleo, ao lado da trajetória de navios.

Como a HEX tinha contrato de prestação de serviço com o Ibama, os responsáveis foram até o órgão público com o documento, em outubro, mas disseram que só apresentariam as hipóteses se fosse emitida uma ordem de serviço com o pagamento pela informação. “Há uma cláusula no contrato que permite a eles fazerem isso, não é ilegal. Mas como envolvia uma quantia expressiva de dinheiro, e eu ao bater o olho vi ali problemas, remeti ao meu diretor com a minha avaliação”, contou Bignelli.

No dia seguinte, segundo Bignelli, a HEX Tecnologia foi à Polícia Federal apresentar o relatório, que foi aceito e submetido à Superintendência do Rio Grande do Norte. Depois, a operação foi deflagrada.

“Após a operação eu tive acesso ao relatório completo e fiz o caminho inverso: fui buscar as imagens que eles haviam usado e comprovei que meu veredito estava certo. Não era óleo, era clorofila”, afirmou Bignelli.

Novos estudos sobre a origem do óleo

Bignelli afirma que o Inpe Instituto de Pesquisas Espaciais) está desenvolvendo um novo estudo para tentar localizar a origem das manchas de óleo.

Já que as análises de pontos mais próximos à costa brasileira ainda não apontaram uma teoria para explicar o que causou o maior desastre do litoral do país, os pesquisadores do Inpe passaram a vasculhar regiões mais próximas à África, para ver se encontram possíveis derramamentos de óleo.

“O Inpe conseguiu colecionar uma série de gráficos de navios e imagens mais a oeste, mais à África, e também dados meteorológicos”, disse Bignelli. “O problema é que em nenhum momento este óleo foi detectável [na superfície], então não sabemos o que houve no meio do caminho [entre o derramamento e o aparecimento no litoral]”, destacou.

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