Quinta-feira, 20 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 27 de abril de 2019
Nadir Barbosa Goes, de 70 anos, que vive na cidade de Magé, 50 km distante da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, figurava na lista de assessores do vereador Carlos Bolsonaro (PSC) até janeiro. Como oficial de gabinete, recebia uma remuneração de R$ 4.271 mensais. A mulher, porém, disse em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo que nunca trabalhou para o filho do presidente.
Carlos fez uma limpeza em seu gabinete na Câmara assim que o pai assumiu o Palácio do Planalto — de janeiro a fevereiro, exonerou nove funcionários. Nadir está entre eles. Ela é irmã do militar Edir Barbosa Goes, 71 anos, assessor atual de Carlos Bolsonaro. A esposa dele, Neula de Carvalho Goes, 66 anos, também foi exonerada pelo vereador logo após a posse do pai.
O chefe de gabinete de Carlos Bolsonaro, Jorge Luiz Fernandes, negou que Nadir recebesse salário sem prestar serviços. Ele disse que Nadir, Neula e outras duas funcionárias exoneradas por Carlos trabalhavam em um núcleo chefiado por Edir, o militar irmão de Nadir. Segundo Fernandes, esses funcionários entregavam mala direta para a base eleitoral do vereador em Campo Grande, na zona oeste do Rio, e anotavam as reivindicações dos eleitores, principalmente de militares.