Sexta-feira, 13 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 9 de novembro de 2015
Em um povoado remoto da Argélia, uma geração inteira de mulheres idosas convive com as tatuagens faciais que fizeram quando eram adolescentes. Para o povo berber da região de Chaouia, nas montanhas Aures, a beleza das mulheres era julgada no passado por suas tatuagens. Segundo a tradição, quanto mais tatuagens elas tivessem, mais cotadas eram entre os homens locais.
Hoje, muitas se arrependem, principalmente por motivos religiosos. Algumas pessoas têm dito a elas, que são muçulmanas, que ao se tatuarem elas cometeram um pecado de acordo com o Islã.
A crença local é de que elas serão punidas após a morte e uma cobra comerá seu cadáver. Para tentar compensar, muitas estão doando suas joias e bens de valor para as mulheres mais pobres que conhecem. No ritual que seguem, elas esfregam essas joias nas tatuagens, para simbolizar que estão se livrando delas.
Muitas ainda se lembram da dor que sentiram na época em que foram tatuadas por parentes ou por pessoas da comunidade. (AG)