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Brasil A importação de veículos subiu 58% depois que a tarifa extra do Imposto sobre Produtos Industrializados deixou ser cobrada

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Movimento pode guardar reflexo com o fim do Inovar-Auto. (Foto: Agência Brasil)

As importações de automóveis para passageiros saltaram 58% em janeiro sobre igual mês do ano passado, para US$ 272 milhões, em um movimento que pode guardar reflexo com o fim do Inovar-Auto, divulgou o Mdic (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços) nesta quinta-feira (1º). As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Concebido no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, o Inovar Auto elevou em 30 pontos percentuais o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre veículos importados, com prazo de vigência até dezembro. Em janeiro, portanto, os veículos importados passaram a não arcar mais com a sobretaxa.

Segundo o diretor de Estatísticas e Apoio às Exportações do MDIC, Herlon Brandão, a expiração do programa pode explicar parte do avanço na compra de automóveis vindos de fora.

Ele pode estar relacionado com o fim do IPI do Inovar-Auto e também com a maior demanda interna, disse.

Na comparação com janeiro do ano passado, a importação de veículos da Alemanha, por exemplo, subiu de US$ 8,8 milhões para US$ 26,8 milhões.

Em relação aos automóveis vindos da Coreia do Sul, o aumento foi de US$ 4,4 milhões para US$ 24 milhões. As compras de veículos do Japão, por sua vez, cresceram de US$ 7,6 milhões para US$ 21 milhões em janeiro deste ano.

As da Suécia passaram de US$ 1,2 milhão para US$ 6,1 milhões, e as da China, de US$ 1,6 milhão para US$ 3 milhões.

Brandão ressalvou, por outro lado, que, em termos de unidades, foram comprados 4.292 veículos a mais em janeiro sobre um ano antes, sendo mais da metade – 2.415 – vindos da Argentina, que não é afetada pelo fim do Inovar-Auto, pois, assim como o México, é um país com o qual o Brasil já possui acordo automotivo.

Diante do aumento do PIB (Produto Interno Bruto) e do crescimento da renda, é natural que aumente a demanda por importação de automóveis, ressaltou Brandão.

Em 2017, a fatia dos importados nas vendas de veículos novos no Brasil caiu a 10,9%, menor nível desde pelo menos os dez anos anteriores. A expectativa da associação de montadoras, Anfavea, é que a participação cresça para 15% neste ano.

Brandão lembrou quem apesar da expansão da importação sobre janeiro de 2017, as compras de veículos importados na realidade caíram em relação a dezembro, quando somaram US$ 291,1 milhões, e novembro, quando alcançaram US$ 328,7 milhões. Nesses meses, o Inovar Auto ainda seguia em vigência.

O governo do presidente Michel Temer iniciou discussões sobre um novo regime automotivo, o Rota 2030, de mais longo prazo que o Inovar-Auto, mas até agora não conseguiu acordo sobre as novas diretrizes em meio a críticas do Ministério da Fazenda, que tenta controlar o quadro de desequilíbrio fiscal do país.

O Inovar-Auto foi considerado fora das regras pela OMC (Organização Mundial do Comércio) por diferenciar veículos produzidos no Brasil e importados.

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