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Por Redação O Sul | 17 de setembro de 2021
A maior árvore do mundo, uma sequoia gigante de 1.591 metros cúbicos e 83 metros de altura, corre o risco de ser destruída por um incêndio que atinge o Parque Nacional das Sequoias na Califórnia, nos Estados Unidos.
Chamada de General Sherman, a árvore tem mais de 2,5 mil anos e seu tamanho foi certificado pelo Guinness em 2013. Para tentar evitar danos, os bombeiros enrolaram a base da planta, entre outras, em um grande pedaço de papel alumínio, além de cortar árvores menores próximas para evitar uma rápida propagação do incêndio.
A medida visa proteger as árvores e a estrutura contra a possibilidade de chamas intensas na reserva natural, localizada na acidentada Sierra Nevada. O cobertor de alumínio pode resistir ao calor intenso por curtos períodos. Autoridades federais americanas afirmaram que usam o material há vários anos em todo o oeste dos Estados Unidos para proteger estruturas sensíveis a chamas.
Algumas casas embrulhadas com o material protetor perto do Lago Tahoe, no norte da Califórnia, na divisa com Nevada, resistiram a um recente incêndio florestal – outras moradias nas proximidades foram completamente destruídas.
Além dos cobertores de alumínio, o corpo de bombeiros e as autoridades florestais esperam que uma outra estratégia ajude na proteção das árvores milenares.
Há cinco décadas são realizadas queimas controladas na região – incêndios propositais para remover outras árvores e vegetação que poderiam alimentar incêndios florestais. A medida visa diminuir a probabilidade de que chamas cheguem ao bosque da Floresta Gigante.
“Um histórico robusto de queimas controladas naquela área é motivo para otimismo”, disse a porta-voz dos bombeiros, Rebecca Paterson. “Esperamos que a Floresta Gigante saia ilesa.”
Ao todo, o parque possui cerca de duas mil sequoias, muitas centenárias ou milenares, e há o temor de que o fogo se espalhe pelo local.
Esse tipo de árvore é bastante resistente ao fogo, conseguindo até liberar mais sementes por conta do calor emanado das chamas. Mas, o temor é porque a área está sendo afetada por frequentes incêndios, que podem impedir o funcionamento desse mecanismo natural. Foram mais de 7,4 mil focos desde janeiro deste ano.
Mais de 350 bombeiros e socorristas estão atuando no parque para evitar danos graves ao local. Segundo os agentes, os focos começaram há cerca de uma semana por conta de raios que caíram na mata e estão se expandindo rapidamente por toda a área de Sierra Nevada. As informações são das agências de notícias Ansa, AP e AFP e da emissora internacional de notícias da Alemanha Deutsche Welle.