Quarta-feira, 07 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 1 de janeiro de 2020
O promotor de Justiça Adriano Jorge Correia de Barros Lima atirou várias vezes em uma caixa de som de uma casa no condomínio Aldebaran Beta, em Maceió, na madrugada desta quarta-feira (1). Segundo o boletim de ocorrência, três mulheres comemoravam o réveillon com um aparelho de som em uma residência perto da do promotor quando ele atirou no aparelho. O promotor teve a arma apreendida, prestou depoimento e foi liberado. As informações são do portal de notícias G1.
A dona do som contou na delegacia que estava em casa com duas amigas comemorando o réveillon com uma caixa de som ligada quando foi surpreendida por um morador do condomínio (o promotor), que atirou oito vezes no aparelho de som. Ela disse que o som vale mais de R$ 3 mil.
Já o promotor confessou para a polícia militar ainda no condomínio que atirou algumas vezes no aparelho, porque o som estava muito alto. Ele contou para a polícia que atirou após ter pedido várias vezes para que as pessoas baixassem o volume do som, não ter tido os pedidos atendidos e ainda ter sido destratado e também depois de ter ligado várias vezes para o Centro de Operações Policiais Militares (Copom) por causa do volume do som das vizinhas. Ele se comprometeu a ressarcir o som danificado.
De acordo com o boletim, a perícia técnica foi acionada e a arma do promotor, uma pistola. 380 com carregador, foi entregue sem munição. Ainda de acordo com o delegado plantonista, o promotor não apresentava sinais de embriaguez.
Ministério Público
A assessoria de comunicação do Ministério Público Estadual (MP-AL) informou que o Ministério Público não compactua com qualquer desvio de conduta e vai adotar as medidas legais cabíveis ao caso.
Nas redes sociais circula um vídeo gravado por umas das mulheres narrando o fato. Em um dos momentos, ela afirma que uma senhora de 93 anos estava entre os ocupantes da casa e que oito tiros teriam sido disparados. Um familiar do promotor que não quer ser identificado alega que foram dois tiros no aparelho de som após a polícia e até a segurança do condomínio ter sido acionada. Por ora, Adriano Jorge não quer se pronunciar.
O delegado plantonista Alexandre César informou à Gazetaweb que a arma do promotor foi recolhida, mas ele foi liberado. Alexandre César explicou que cabe ao Procurador Geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, chefe do MP/AL, instaurar ou não o procedimento para apurar a conduta do membro do órgão.