Por Redação O Sul | 20 de dezembro de 2025
A indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF) é rejeitada por 45% dos eleitores e aprovada por 30%. Os dados são da pesquisa Genial/Quaest, divulgada nessa sexta-feira (19).
Outros 25% dos entrevistados não souberam avaliar a escolha feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para substituir o ex-ministro Luís Roberto Barroso.
A indicação de Messias abriu uma crise que extrapolou a disputa por votos no Senado e colocou em xeque a relação do governo com a Casa. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União), fez campanha pela indicação do senador Rodrigo Pacheco (PSD) para a cadeira.
Segundo o levantamento, 65% dos entrevistados não sabiam da indicação de Messias, enquanto 35% disseram que sim, sabiam.
Foram ouvidas 2.004 pessoas entre os dias 11 e 14 de dezembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou menos, com 95% de nível de confiança.
O instituto comparou o resultado a um levantamento feito na época em que se especulava que o ministro Cristiano Zanin seria indicado à Suprema Corte, em abril de 2023. Aquela sondagem mostrou que 60% desaprovavam a possível indicação, enquanto 23% aprovavam o nome. Eram 17% os que não sabiam ou não responderam.
Conselho de ética
Messias, recebeu na segunda-feira (15), um parecer favorável da Comissão de Ética Pública da Presidência da República. A manifestação afasta questionamentos sobre eventual conflito de interesses e deve ser usada como respaldo durante a sabatina no Senado para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
Desde 2023, advogado-geral da União integra o conselho de administração da BrasilPrev, empresa ligada ao Banco do Brasil. A acumulação do cargo levou à análise do caso pela Comissão de Ética, que acompanhou o entendimento da conselheira Marcelise de Miranda Azevedo e concluiu que não há ilegalidade no vínculo.
Sabatina no Senado
A sabatina no Senado ficou para o início do próximo ano, com a retomada dos trabalhos legislativos. Uma data chegou a ser marcada em dezembro, mas foi cancelada pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), porque a indicação ainda não havia sido formalmente encaminhada pelo Palácio do Planalto.
Durante entrevista em Brasília na quinta-feira (18), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que houve um impasse na indicação de Messias, mas disse que seguirá com o nome do atual advogado-geral da União para substituir o ex-ministro Luis Roberto Barroso.
