Sábado, 06 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 5 de dezembro de 2025
O ministro Jorge Messias, da Advocacia-Geral da União (AGU), reuniu-se na quinta-feira (4), em Brasília (DF), com magistrados da Justiça do Trabalho e dirigentes de centrais sindicais, como parte de sua movimentação para ser indicado para uma vaga de ministro do STF pelo presidente Lula.
Participaram da conversa, entre outros, o ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), e o da CUT, Sérgio Nobre.
Segundo relatos, Messias reafirmou o seu compromisso com o sistema de proteção social e trabalhista previsto na Constituição.
Já os magistrados e sindicalistas elogiaram Messias pela sua atuação em favor dos direitos trabalhistas e sindicais no comando da AGU. Prometeram ainda apoiar sua aprovação para o STF.
O aceno ao mundo do trabalho ocorre dois dias após encontro de Messias com representantes do CFM (Conselho Federal de Medicina), órgão que tem se alinhado a pautas conservadoras em temas como aborto e direitos trans.
Sabatina
Em outra frente, o líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), afirmou que a sabatina de Jorge Messias no Senado para a vaga de ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) será feita no ano que vem, pois já não haveria tempo hábil neste ano.
“A data de sabatina e de votação, pelo prazo exíguo que temos, torna inviável que tenhamos ainda este ano. É um tema que vamos tratar no ano que vem”, disse a jornalistas nessa quinta-feira (4).
Na terça-feira (2), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), anunciou o cancelamento do cronograma que havia anunciado para a sabatina do advogado-geral da União, indicado pelo presidente Lula (PT) ao STF. A sabatina iria ocorrer, a princípio, no dia 10.
O cancelamento dá mais tempo para Messias fazer campanha e obter apoio de senadores, o que é bom para o governo, já que por enquanto o advogado-geral corre o risco de não ter maioria para sua aprovação.
Por outro lado, Alcolumbre usou palavras fortes para se referir à ausência de comunicação formal da indicação pelo Planalto. Sem esse passo burocrático, o Senado não pode decidir se aceita ou não o indicado.
Segundo Randolfe, a partir do momento em que Alcolumbre suspendeu a sabatina por causa da falta dos documentos formais, ficou pacificado que o tema ficaria para o ano que vem.
“Esse debate será o debate do próximo ano. Eu acho que ficou pacificado isso, a partir do anúncio que o presidente (Alcolumbre) fez nesta semana, pela ausência de encaminhamento do apensado”, completou. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.