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Por Redação O Sul | 26 de julho de 2017
 
				O INCC-M (Índice Nacional de Custo da Construção – M) registrou, em julho, taxa de variação de 0,22%, abaixo do resultado do mês anterior, de 1,36%. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,03%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,02%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (26) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
O índice referente à Mão de Obra registrou variação de 0,37%. No mês anterior, a taxa de variação foi de 2,48%. O INCC-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
Materiais, Equipamentos e Serviços
No grupo Materiais, Equipamentos e Serviços, o índice correspondente a Materiais e Equipamentos registrou variação de 0,03%. No mês anterior, a taxa havia sido de -0,08%. Dos quatro subgrupos componentes, três apresentaram acréscimo em suas taxas de variação, destacando-se equipamentos para transporte de pessoas, cuja taxa passou de -1,24% para -0,88%.
A parcela relativa a Serviços passou de uma taxa de 0,39%, em junho, para 0,06%, em julho. Neste grupo, vale destacar a desaceleração de taxas de serviços e licenciamentos, cuja taxa passou de 2,18% para 0,11%.
Mão de obra
O índice referente à Mão de Obra registrou variação de 0,37% em julho, ante 2,48% no mês anterior. Essa variação ocorreu devido aos reajustes salariais de Brasília, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
Capitais
Quatro capitais apresentaram desaceleração em suas taxas de variação: Salvador, Brasília, Recife e São Paulo. Em contrapartida, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre registraram aceleração.
Comércio
O ICOM (Índice de Confiança do Comércio) da Fundação Getulio Vargas recuou 2,3 pontos em julho, ao passar de 85,7 para 83,4 pontos, retornando assim ao nível de março passado. Após a segunda queda consecutiva, o indicador de média móvel trimestral também recuou em julho (1,9 ponto), o que não ocorria desde janeiro.
“O resultado da Sondagem do Comércio mostra que o aumento da incerteza originado com a crise política pode ter impactado o lado real da economia. Os indicadores que medem a percepção sobre o nível de demanda atual e as perspectivas para contratações nos meses seguintes estabilizaram-se em níveis mais fracos que os do bimestre abril-maio”, avaliou Aloisio Campelo Jr., superintendente de Estatísticas Públicas da FGV/IBRE.
A queda do ICOM em julho ocorreu em 11 dos 13 segmentos pesquisados e foi determinada por pioras tanto das expectativas quanto das avaliações sobre a situação atual. O IE-COM (Índice de Expectativas) cedeu 4,0 pontos, para 88,4 pontos; o ISA-COM (Índice da Situação Atual) caiu 0,4 ponto, para 79,2 pontos.
Expectativas de revendedores de duráveis tornaram-se menos otimistas. Em julho, o indicador de médias móveis trimestrais do IE-COM caiu pelo segundo mês consecutivo, depois de subir entre janeiro e maio. O comportamento recente do índice, no entanto, não vinha sendo homogêneo entre os diferentes segmentos do Comércio.
Enquanto o IE-COM dos revendedores de bens não duráveis já vinha em queda desde maio, o índice dos revendedores de duráveis manteve a trajetória positiva até junho, quando alcançou marca próxima aos 100 pontos. Neste mês, o IE-COM de duráveis também recuou, mostrando que o aumento da incerteza começa a afetar as expectativas de um segmento que vinha se tornando gradualmente mais otimista ao longo do primeiro semestre.